
Mais de 1 milhão de pessoas morrem por doenças transmitidas por insetos
Da redação
07/04/2014 às 17h26 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que mais de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos em decorrência de doenças transmitidas por insetos. O número de pessoas infectadas supera 1 bilhão.
De acordo com a OMS, mais da metade da população global corre o risco de contrair malária, dengue, leishmaniose, doença de lyme, esquistossomose e febre amarela. Essas doenças são transmitidas por mosquitos, moscas, carrapatos e caramujos d'água. A agência da ONU quer chamar a atenção para o aumento da ameaça desse tipo de doença com a campanha Pequena picada, grande ameaça.
A organização afirma que essas doenças podem ser totalmente evitadas. Um relatório da agência cita os passos e as medidas que governos, comunidades e famílias podem adotar como forma de proteção. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que uma agenda global que dê prioridade ao controle de insetos pode salvar muitas vidas e evitar muito sofrimento.
Ela explicou que medidas simples e baratas, como mosquiteiros com inseticida, já salvaram milhares de pessoas. As doenças transmitidas por insetos afetam mais a população pobre, principalmente os que não têm acesso adequado à moradia, água potável e saneamento básico. As pessoas desnutridas são as mais vulneráveis.
A organização informou ainda que a esquistossomose, transmitida pelo caramujo d'água, é a doença mais diagnosticada, atingindo 240 milhões de pessoas no mundo. Mas a enfermidade pode ser controlada com remédios e com melhor acesso à água potável e saneamento básico.
Nas últimas duas décadas, muitas doenças transmitidas por insetos ressurgiram e se espalharam pelo mundo. A dengue, por exemplo, foi detectada em 100 países, inclusive no Brasil, deixando mais de 2,5 bilhões de pessoas sob risco de contrair a doença.
Casos de dengue foram diagnosticados recentemente na China, nos Estados Unidos e em Portugal; na Grécia, as autoridades de saúde afirmaram que a malária voltou ao país depois de 40 anos. Essa é uma demonstração clara da necessidade de uma vigilância contínua para assegurar que a doença seja rapidamente contida.
A OMS pede que os países renovem o compromisso para aumentar o controle de insetos e também para melhorar o acesso à água potável, ao saneamento básico e aos serviços de higiene.
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Com informações da Rádio ONU