Horário de verão começa no dia 18 de outubro
Veja como 'reprogramar' seu organismo com o início do horário de verão
Karine Salles
14/10/2015 às 16h18 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Preparem os relógios. Faltam alguns dias para o início do horário de verão no Brasil. No próximo domingo, 18, à meia-noite, milhões de brasileiros terão que adiantar os relógios em uma hora.
Moradores dos Estados das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal precisam estar atentos à alteração, que segue até à zero hora do domingo, 21 de fevereiro de 2016, quando os relógios retomam o horário tradicional.
O principal objetivo da medida é, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda no período de ponta, entre as 18h e as 21h. A estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir o gasto de energia. Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração em algumas regiões, por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode mais bem aproveitada.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o horário de verão representa uma redução da demanda, em média, de 4% a 5% e poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação mais quente do ano, na qual o uso de eletricidade para refrigeração, condicionamento de ar e ventilação atinge o pico.

'Reprograme' seu organismo com o início do horário de verão
Com isso, a mudança nos costumes diários pode trazer dificuldades no sono e na vida das pessoas por alguns dias. Quem não dorme bem pode ficar de mau humor, e esse estresse diário pode interferir na hora do dormir, impedindo um sono de qualidade.
A alteração do horário de sono, segundo especialistas, pode trazer alguns prejuízos, como sonolência durante o dia, insônia à noite, cansaço e falta de apetite.
Entre os sintomas que podem surgir nesta época estão irritabilidade, alterações de memória, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau humor, alteração do apetite e diminuição na capacidade de concentração. Especialistas ainda elencam outros distúrbios como ansiedade, depressão e síndrome das pernas inquietas.
Para o neurologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, "perder uma hora de sono pode parecer pouco, mas o cérebro sente muito mais do que podemos imaginar, não só em termos de cansaço, mas também na alteração na produção hormonal e na fragmentação do sono", aponta.
Se a falta de sono for acumulada, as pessoas podem correr riscos, principalmente, na hora de exercer atividades que necessitem de vigília, como dirigir ou operar máquinas. O primeiro passo para manter o sono em dia é respeitar os horários do relógio, ou seja, tentar ao máximo seguir a rotina. Manter uma regularidade faz com que o seu relógio biológico entenda e se adapte mais facilmente ao horário. Isso inclui deitar na hora que o relógio indica para ter a quantidade de descanso que precisa, e não esperar o sono chegar mexendo em aparelho que pode tirá-lo.
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Com informações da Agência Brasil