As homenagens ao consagrado Jô Soares

Da redação

05/08/2022 às 06h04 - sexta-feira | Atualizado em 25/08/2022 às 17h39

Divulgação

Jô Soares

Jô Soares, ator, escritor, jornalista e apresentador de TV, voltou à Pátria Espiritual na madrugada desta sexta-feira, 5, aos 84 anos, em São Paulo/SP.

Filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro, RJ. Enquanto estudava na Suíça, apaixonou-se pelas artes cênicas. Em 1958, com então 20 anos, voltou com a família para a capital fluminense e logo começou sua trajetória em uma turma de teatro.

Em 1959, Jô Soares já escrevia para o “TV Mistério”, programa da TV Continental. Começou a trabalhar na TV Rio, em programas como “Noites Cariocas”, além de participar do Grande Teatro Tupi. Mudou-se para São Paulo em 1960, e ingressou na TV Record, atuando em programas como “Quadra de Azes” e “Jô Show”. Ainda interpretou o mordomo do seriado “A Família Trapo”, o qual escrevia junto com Carlos Alberto de Nóbrega, como também o humorístico “Faça Humor, Não Faça Guerra”.

De 1981 a 1987, teve o seu próprio programa: o “Viva o Gordo”. Em 1987, foi para o SBT, onde estrelou o humorístico “Veja o Gordo” e passou a apresentar um programa de entrevistas inspirado nos talk-shows americanos: era o “Jô Soares Onze e Meia”. Durante os 11 anos em que o programa ficou no ar, fez mais de seis mil entrevistas, com grandes personalidades brasileiras e internacionais. Em 2000, o humorista ingressou na Globo, comandando o “Programa do Jô”, seu trabalho mais recente, semelhante ao último.

Como jornalista, escreveu durante a década de 1980 para a revista Manchete, para o jornal O Globo e para a Folha de S. Paulo. Entre 1989 e 1996, também colaborou para a revista Veja. Em 1983, lançou o seu primeiro livro, “O Astronauta sem Regime”. Com o romance “O Xangô de Baker Street” (1995), entrou para a lista dos mais vendidos. Também escreveu “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998) e “As Esganadas” (2011). No teatro, estreou como ator em 1959, em “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna e atuou em várias peças, chegando a ganhar o prêmio Qualidade Brasil. Ainda dirigiu o filme “O Pai do Povo”, em 1976.

COMUNICADOR DE BOA VONTADE

Em reconhecimento por sua atuação, Jô Soares recebeu, em 1997, a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica no quesito “Comunicação” — é a honra mais elevada do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da Legião da Boa Vontade (LBV), cedida às ilustres personalidades que contribuíram para o progresso humano nas diversas áreas do conhecimento. 

Em 2005, ao lançar o seu romance Assassinatos na Academia Brasileira de Letras na sede da Ilustre Casa da Cultura (ABL), localizada no Rio de Janeiro, Jô autografou um exemplar de sua obra ao dirigente da LBV: “Paiva Netto, um beijo do gordo. Jô Soares. 09/06/2005”.  Retribuindo a gentileza, recebeu a seguinte mensagem: “Ao Jô, que, com sua verve, torna a nossa vida mais interessante, um beijo também”.

A LBV e seu presidente José de Paiva Netto, que nos ensina que "os mortos não morrem", enviam as mais sinceras vibrações de Paz ao Espírito Eterno do querido Jô Soares, extensivas aos familiares, amigos e admiradores de sua carreira.