Filipinos tentam se reerguer depois do supertufão

Da redação

25/11/2013 às 16h25 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

UNICEF
O custo para reconstruir tudo o que foi destruído pode chegar a quase 6 bilhões de dólares.

Ocorrido há pouco mais de duas semanas nas Filipinas, o Tufão Haiyan ainda deixa vítimas. O número de mortes chegou a mais de 5 mil, de acordo com a Agência Nacional de Desastre. Por essa razão, a tempestade é considerada o pior desastre natural em toda a história do país. Foram mais de 13 milhões de pessoas afetadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, os danos a plantações e a infraestrutura foram avaliados em 274 milhões de dólares. 

De acordo com a coordenadora humanitária residente das Nações Unidas nas Filipinas, Luiza Carvalho, o governo filipino deve lançar na próxima quarta-feira, 27, um plano de reconstrução a longo prazo do País. Segundo ela, 80% da população do país vive em áreas próximas ao mar e por isso, fica muito sujeita aos riscos causados por desastres naturais. O custo para reconstruir tudo o que foi destruído pode chegar a quase 6 bilhões de dólares.

Ainda segundo ela, o plano “vai atrair muita atenção internacional e nós (Nações Unidas) estamos participando e apoiando o governo neste desenvolvimento, junto com o Banco Mundial e o Banco Asiático”. E sobre as prioridades previstas nas obras pelas parcerias, Luiza ressaltou que “o que eles estão propondo é olhar onde estão as áreas mais vulneráveis e diminuir o risco. Ter casas que possam ser resistentes a quilômetros de ventos, que possam ser resistentes a terremotos e que possam estar localizadas em áreas que não sejam afetadas por aumento de água ou tsunamis”, declarou à Rádio ONU.

UNICEF
O custo para reconstruir tudo o que foi destruído pode chegar a quase 6 bilhões de dólares.

Em Manila — capital das Filipinas —, Luiza Carvalho relatou que já é possível observar os primeiros sinais de recuperação da cidade: "O que a gente viu naquele primeiro dia foi total destruição em seu ponto máximo. A situação ainda não é normal. Voltei duas semanas depois do que aconteceu e já estamos em uma segunda fase de limpeza. Já há dois grandes hospitais limpos, três escolas em processo de limpeza e as comunidades limpando suas casas e colocando nas ruas, já limpas, todo o lixo gerado no dia a dia."

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*Com informações da Rádio ONU.