Em 2006, era inaugurado o Memorial José de Paiva Netto
No local, há fotos da infância, juventude, de familiares, da vida acadêmica e flagrantes de quando o homenageado entregou unidades de atendimento à população.
Nathan Rodrigues
19/06/2019 às 10h09 - quarta-feira | Atualizado em 03/07/2019 às 09h31
O Portal Boa Vontade segue narrando a Saga Divina do Templo da Boa Vontade, relembrando momentos marcantes da história do monumento, que completa, em 2019, três décadas de Ecumenismo Irrestrito.
+ Capítulo 1 — Os primeiros passos da construção do Templo da Boa Vontade
+ Capítulo 2 — Líder da LBV convoca Mulheres Legionárias para construção do TBV
+ Capítulo 3 — Em 1986, Paiva Netto lançava a Pedra Fundamental do TBV
+ Capítulo 4 — Em 1989, Cristal Sagrado era colocado no pináculo do TBV
Na quinta parte de nossa série especial sobre a Pirâmide dos Espíritos Luminosos e das Almas Benditas, voltaremos ao dia 21 de outubro de 2006 para relembrar a inauguração do Memorial José de Paiva Netto.
Visitar o local é reviver momentos decisivos da Legião da Boa Vontade, contados no esforço pessoal de um homem que se dedica, há mais de seis décadas, à causa do Bem.
A inauguração do Memorial José de Paiva Netto foi acompanhada por autoridades, religiosos e personalidades, além dos milhares de pessoas que estiveram presentes à cerimônia e esperavam o homenageado numa das ruas laterais do TBV, quando foi recebido com música e muitos aplausos.
A mídia nacional também marcou presença, fazendo a cobertura do acontecimento, a exemplo da jornalista Fernanda Cruzu, do Correio Braziliense; de Malu Pires, do Jornal de Brasília; da repórter Gabriela Mendes, da TV Brasília; de Paulo Lima, do Jornal do Brasil; e de Gilberto Amaral, colunista do Jornal de Brasília.
Na oportunidade, após a calorosa recepção, o líder da LBV, sua esposa, Lucimara Augusta, e filhos dirigiram-se à entrada do espaço para o pronunciamento e descerramento da placa e fita de inauguração.
Para marcar o momento, jornalista e radialista Gilberto Amaral leu os seguintes dizeres: “Templo da Boa Vontade, 21 de outubro de 2006, Brasília/DF, Brasil. Inauguração do Memorial José de Paiva Netto, em reconhecimento a seus 50 anos de trabalho dedicados à LBV e à sua exemplificação de vida, a serviço dos povos”.
RECONHECIMENTO
Presente na inauguração do Memorial, a dra. Maria da Glória Tuxi, então funcionária do Ministério das Comunicações, não escondeu a emoção de estar no Templo da Paz, como também é conhecido o TBV.
Um aspecto que lhe chamou a atenção foi “toda a grandiosidade do afeto que existe entre os membros da LBV e a fantástica presença do presidente Irmão Paiva, que ainda não conhecia pessoalmente, por falta de oportunidade. Ele me passou tudo aquilo que eu já aguardava dele, aquela Paz, tranquilidade e Amor ao próximo muito grandes”.
E finalizou: “Parabéns pela inauguração desse belíssimo ambiente em homenagem a seu fundador”.
O dr. Ubiratan Aguiar, à época ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), acompanhado de sua simpática esposa, Terezinha Aguiar, também esteve no acontecimento.
“A alegria é nossa de poder voltar ao Templo da Boa Vontade. Já pude expressar em outras ocasiões a minha admiração por esse serviço maravilhoso que a LBV realiza. Num mundo de tanta violência e egoísmo, trazer a Paz e estender as mãos é o que a sociedade mundial conclama. E é isso que Paiva Netto e todos que compõem a LBV realizam, e ele merece os nossos aplausos e os nossos parabéns”, comentou.
Ele ainda saudou o trabalho educacional da Obra, ao afirmar: “Eu não acredito que se possa construir uma nação sem se investir em Educação. (...) Por isso a Legião da Boa Vontade contribui de forma excepcional para que essa construção aconteça. É a pilastra fundamental do seu trabalho”.
O dr. Nestor João Masotti, então presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), enfatizou outra marca do evento: a propagação do Ecumenismo sem fronteiras e o respeito às diversas tradições religiosas, evidenciados no TBV. “Queremos afirmar o valor desse propósito que tem norteado a LBV de promover a união de companheiros de todos os segmentos religiosos. (...) Ficamos muito felizes de estar aqui confraternizando com todos os outros segmentos religiosos presentes”, pontuou.
O jornalista e radialista Nilson Gonçalves comentou outra vertente de sucesso do homenageado: “Uma coisa que gosto muito no Paiva Netto é a coragem dele de falar e explicar a questão da morte, da ressurreição. Acho que é a única Instituição que tem coragem de abrir isso. Eu o admiro muito pelo conhecimento, é uma pessoa preparada e com liderança. (...) Paiva Netto é um bom exemplo de
preparo, por isso as coisas dão certo aqui”.
UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA DE REALIZAÇÕES
No Memorial José de Paiva Netto, há fotos da infância, juventude, de familiares, da vida acadêmica e flagrantes de quando o homenageado entregou, em diversas cidades do país e no exterior, unidades de atendimento à população em risco social e pessoal.
Além disso, há livros e CDs com músicas de sua autoria — sucessos editoriais e fonográficos, que venderam milhões de cópias —, que podem ser apreciados.
Outro destaque são os muitos quadros, esculturas e honrarias (municipais, estaduais, federais e internacionais) que recebeu ao longo de mais de meio século de trabalho, os quais mostram um pouco do prestígio que este brasileiro conquistou em consequência natural de uma vida inteiramente voltada para a defesa dos valores humanos e espirituais.
Também podem ser vistas duas máquinas japonesas AKAI, com que gravou históricas pregações do fundador da LBV, Alziro Zarur. Destacam-se outras raridades que demonstram o Ecumenismo Irrestrito e Total que sempre pautou a Legião da Boa Vontade e, por isso, tornou-se o local onde os Irmãos ateus e as pessoas das mais diferentes crenças, nacionalidades, etnias, sentem-se bem, em casa, a exemplo do elefante talhado em madeira e relógio feito à mão com peças de mármore e folhas de ouro, originário da cidade real de Jaipur (Rajasthan), presente do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, entregue por sua esposa, Gursharan Kaur; das vestes sacerdotais budistas, ofertadas pelos monges doutores Yvonette e Ricardo Mário Gonçalves; da Bíblia Sagrada, presente do então cardeal arcebispo primaz do Brasil, Dom Lucas Moreira Neves (1925-2002), que era de seu uso pessoal; do xale do budismo tibetano, oferecido pelo Lama Gangchen Rinpoche; e, ainda, a matrioshka, tradicional boneca russa, oferecida a Paiva Netto pela equipe da Telerádio Companhia Estatal Russa Ostankino, canal 1, que o entrevistou no seu gabinete do Templo da Boa Vontade, em 12 de abril de 1992.
