
Com a BR-364 interditada, Acre está isolado do Brasil
Wellington Carvalho
21/02/2014 às 21h08 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Desde a noite de quinta-feira, 20, o Estado do Acre está isolado do resto do Brasil por terra, devido à cheia do Rio Madeira que alagou a BR-364. Em Rondônia, ele chegou a atingir o nível recorde de 17,88 m. O nível da água na pista alcançou os 50 centímetros, motivando a decisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura e de Transporte (DNIT) de interromper o trânsito na rodovia até que as águas apresentem algum sinal de vazante.
De acordo com o inspetor da PRF do Acre, Nelis Newton, além da camada de água, existe uma correnteza que aumenta os riscos de travessia: “hoje pela manhã, ao fazer uma nova avaliação para a liberação do trânsito, foi constatado que havia aumentado o nível da água e consequentemente também a correnteza do local. Então, achou-se melhor não liberar o trânsito até uma avaliação mais profunda das condições de segurança da pista”.
Em entrevista coletiva cedida à imprensa esta semana, o governador do Estado, Tião Viana, garantiu total tranquilidade no abastecimento de combustíveis e alimentos, afirmando que “conversamos com a nossa estatal da logística de combustíveis para a região e ela nos assegurou que tem, em Cruzeiro do Sul, um estoque de gasolina suficiente para nos atender para os próximos 20 dias. Situação de alimento segura, a não ser alguns lotes de hortifruti e granjeiros, que se houver um consumo de um dia do que seria de 5 dias, não darão tranquilidade. Por isso, pedimos serenidade da população, pois todas as medidas necessárias estão sendo tomadas”.
O nível do Rio Madeira continua subindo e o ponto crítico se encontra a 100 km de Porto Velho, RO, no distrito de Jaci-Paraná. O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) informou que as chuvas ainda devem se intensificar até o fim da primeira quinzena de março.
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*Com informações da Agência EBC.