Cantor e compositor Neguinho da Beija-Flor relembra laços fraternos com a LBV

Ao programa "Samba & História", o intérprete da Beija-Flor de Nilópolis relata aspectos de sua história de vida, pautada por superação.

Simone Barreto

04/10/2018 às 15h13 - quinta-feira | Atualizado em 05/10/2018 às 15h58

Uma das vozes mais conhecidas do carnaval brasileiro, Neguinho da Beija-Flor participou, nesta quinta-feira, 4, do programa Samba e História, da Boa Vontade TV, apresentado pelo radialista e jornalista Hilton Abi-Rihan.

Bruna de Jesus
Sempre com seu sorriso contagiante, o cantor Neguinho da Beija-Flor (à direita) relatou ao jornalista Hilton Abi-Rihan aspectos de sua vida, carreira e da superação do câncer, sem jamais desistir.

Filho de um pianista, essas raízes musicais contribuíram para o bom êxito na intepretação de sambas e no conhecimento musical. O início da vida profissional se deu no bloco Acadêmico de Miguel Couto, como capoeirista. Em 1975, contudo, começou a fazer parte da Beija-Flor, Escola de Samba em que permanece até hoje.

Durante o bate-papo, Neguinho da Beija-Flor relatou sua luta para enfrentar o tratamento do câncer, encontrando força, coragem e perseverança para vencer a doença. Em 2008, o artista descobriu um câncer no intestino e, no ano seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para retirar dois tumores. Ele ainda fez quimioterapia e fazia exames de monitoramento desde então, enfrentando o tratamento sem nunca desistir, sempre com um sorriso no rosto.

A luta do cantor foi destacado pela revista BOA VONTADE, edição 224 (dezembro/2008), que traz o editorial do escritor José de Paiva Netto, intitulado “A Lei Pietro”. No texto, o autor faz referência à Neguinho da Beija-Flor, tratando-o como exemplo de superação: "Outro guerreiro na batalha contra o câncer é Neguinho da Beija-Flor. O alto-astral contagiante foi a tônica do seu matrimônio, no dia 23/2, em pleno Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, com Elaine Reis, mãe de sua bela filha, Luiza Flor”.

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Laços antigos e fraternos

Ao final da entrevista, Neguinho da Beija-Flor relembrou, com carinho, de fatos da sua infância que estreitaram os laços de amizade com a Legião da Boa Vontade. Ele escutava, desde pequeno, por incentivo da mãe, as palavras do saudoso Alziro Zarur, fundador da Entidade, no rádio. “Quando era criança, tinha a fala do Alziro Zarur, às 18 horas. Ele fazia uma oração da Ave Maria e a gente botava o copo d’água em cima ou em frente ao rádio. Depois, quando terminava, eram seis irmãos, cada um tomava um pouquinho da água, começando pela Ivete, a mais velha, que Papai do Céu já levou, depois a Ivone, a Iara, eu, a Tina e o Nêgo”, disse.

Amigo de longa data da LBV, o cantor e compositor sempre apoia as ações da Instituição, a exemplo da campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. Ele fez, como de costume, um trocadilho com o bordão de maior sucesso de sua carreira, numa homenagem à Instituição: “Também estou nessa! Olha a LBV aí, gente! Valeu, meu amigo José de Paiva Netto!”.

Hilton Abi Rhian também trouxe suas lembranças à conversa, falando da famosa Sopa do Zarur: “Saía da Rádio Continental, uma hora da manhã, chegava na Cinelândia e o pessoal da LBV dando roupas aos moradores de rua, fazendo a barba, cabelo e oferecendo a sopa, dando banho e oferecendo a Sopa do Zarur. Tudo isso, transformado hoje, através do trabalho do diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, numa das maiores instituições filantrópicas do mundo".

Bruna de Jesus
Durante o bate-papo, o cantor e compositor destacou os laços com a LBV, que vêm da infância.

A entrevista completa você confere o programa Samba e História, que vai ao ar pela Boa Vontade TV, que pode ser sintonizada pelo canal 45.1 (rede aberta em São Paulo/SP); pelos canais 196 e 696 da NET Brasil e da Claro TV e 212 da Oi TV.

Você também pode acompanhar pelo aplicativo Boa Vontade Play, que pode ser baixado nos dispositivos móveis ou ainda por aqui mesmo, no Portal Boa Vontade.