Acadêmico e gramático Evanildo Bechara concede entrevista à Boa Vontade TV
O amigo de Boa Vontade compartilha sua história de vida, o amor pela Língua Portuguesa e a permanência na Academia Brasileira de Letras.
Simone Barreto
28/08/2018 às 17h18 - terça-feira | Atualizado em 30/08/2018 às 18h25
A Boa Vontade TV conversou com o acadêmico, escritor, professor, gramático e filólogo Evanildo Cavalcante Bechara, na sede da Academia Brasileira de Letras, no centro do RJ, da qual o entrevistado é integrante. Durante o bate-papo, o acadêmico fala do seu ingresso na Casa de Machado de Assis, da vida dedicada à literatura e o bom orgulho de ser professor até hoje.
A entrevista completa será reapresentada na sexta-feira (31/8), às 3h30; e no sábado (01/09), às 20 horas.
Com a simpatia que lhe é peculiar, ao ser saudado pela equipe da LBV, o professor retribuiu, dizendo: “É um prazer enorme conversar com vocês, já é esta a segunda vez e o caminho está aberto para outras, não somente comigo, mas com outros colegas que se disponham a falar com vocês”.
Nascido em Recife, no Pernambuco, Bechara se mudou para o Rio de Janeiro ainda jovem, aos 11 anos. “O meu pai, que era um sírio libanês, aos 28 anos, veio do Líbano com hepatite mal tratada e acabou falecendo. Tiveram cinco filhos, mamãe ficou com os mais moços e os mais velhos, eu e outro irmão, ela mandou para casa de parentes. A mim, me coube vir ao Rio de Janeiro, e o meu tio-avô foi me receber e então fiquei na casa dele até me casar”, conta.
No Rio, afirma, descobriu a vocação para o magistério. “A única disciplina que me deu muito trabalho foi Língua Portuguesa, porque eu vinha com a pronúncia nordestina e só tirava zero no ditado, isso repercutia na minha nota. Aí comecei a estudar bem línguas, português, latim, francês e inglês. Passei para o primeiro ano ginasial no colégio de admissão até o quarto ano ginasial. O meu professor, admirável na época, advogado, ficou sabendo que precisava mandar dinheiro para minha mãe, me conseguia alunos particulares.”
Ao final da entrevista, o apresentador Alan Lincoln transmitiu o abraço fraterno do diretor-presidente da LBV, Paiva Netto, ao estimado acadêmico. Ele retribuiu, enviando a seguinte mensagem: “Recebo com muito carinho e envio dois abraços a ele, pelo trabalho que tem feito em prol do desenvolvimento cultural, o desenvolvimento humano. O Brasil precisa realmente de mais cultura para poder fazer jus ao País que lhe foi outorgado, que é um País maravilhoso! Não é só bom no futebol, Ele é bom em muitas coisas e que, realmente o brasileiro precisa estar à altura do País que lhe coube”, disse.
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