Nível de água do Sistema Cantareira chega aos 19%

Comitê discute medidas para combater a situação crítica

Agência Brasil

12/02/2014 às 15h08 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Jéssica Nunes
Situação crítica da Represa Guarapiranga, que integra o Sistema Cantareira em São Paulo.


O baixo nível do Sistema Cantareira, que responde por quase 50% do abastecimento da grande São Paulo, continua caindo e atingiu o menor nível do seu histórico de medições nesta quarta-feira, 12: 19%. O comitê que tenta evitar a falta de água na região metropolitana de São Paulo e cidades atendidas pela Bacia do Rio Piracicaba se reuniu nesta quarta-feira na capital paulista, para discutir medidas que combatam o problema.

Essa foi a terceira reunião do grupo, formado por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Foram discutidos temas como a mudança na partilha de água feita entre os municípios da região de Campinas, Piracicaba, Limeira e a região metropolitana de São Paulo.

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Pelo menos cinco cidades do interior paulista já anunciaram medidas de racionamento. Em Diadema, a companhia de saneamento iniciou um rodízio no abastecimento entre bairros. A manobra está sendo feita porque o calor fez aumentar o consumo de água, o que demandou maior volume do que o recebido pelos reservatórios. Em Guarulhos, o revezamento ocorre em seis bairros do município.

Valinhos, na região de Campinas, já adotou o racionamento. O município foi dividido em sete áreas, de acordo com os dias da semana, e duas ficam sem água duas vezes por semana, em dias intercalados. A cidade de Itu também está racionando água no período das 20h às 4 horas. Em Vinhedo, o racionamento ocorre desde dezembro. A cidade conta com um sistema de monitoramento que aponta as regiões onde o consumo está acima da média. Tais localidades podem ter o abastecimento suspenso de duas a três horas — ou até quatro, se a situação for crítica.