
Dados alarmantes apontam: brasileiros devem ter maior atenção para combater violência sexual contra crianças
Wellington Carvalho
04/06/2014 às 15h26 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00
A infância é um período decisivo para a formação de uma pessoa e, por isso, deve ser sempre marcada de bons momentos, como as confraternizações familiares, as brincadeiras com os amigos e o aprendizado na escola. Ainda assim, nem sempre a infância é respeitada e, infelizmente, não são poucos os casos de violência sexual contra as crianças.
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O Mapa da Violência 2012 Crianças e Adolescentes do Brasil estudou com profundidade as primeiras fases da vida, constatando que mais de 10 mil crianças e adolescentes foram vítimas da prática imoral e violentadora do sexo em 2011. A maior taxa de incidência ocorre entre os 10 e 14 anos de idade e 83,2% das vítimas são meninas.
Ainda de acordo com o estudo, os registros de violência sexual infantil acontecem com maior frequência entre pessoas próximas à família, como vizinhos, amigos ou "conhecidos" — 28,5% das ocorrências. O estupro é o principal caso desse tipo de violência.
APOIO DA SOCIEDADE É FUNDAMENTAL
Os dados são alarmantes e, como decorrência, devem-se tomar medidas preventivas mais efetivas de combate à violência sexual, envolvendo Estado e cada cidadão. Sobre o assunto, o programa Sociedade Solidária*, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), conversou com Itamar Gonçalves, gerente de projetos da Childhood Brasil. "A violência sexual acontece em duas situações: abuso sexual dentro de casa ou fora de casa; e a exploração sexual — que pode ocorrer em setores como o turismo de lazer, turismo de negócios, nas estradas etc.", explicou.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), "nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais". Assim, os direitos assegurados legalmente devem ser garantidos, com a ajuda dos cidadãos, que podem denunciar pelo Disque 100.
PREVENÇÃO
Nem sempre a criança consegue exprimir claramente que está sofrendo violência sexual, visto que muitas vezes ela sofre ameaça se contar para alguém. Mas ela demonstra que algo não vai bem, e parentes e familiares podem reconhecer os sintomas de uma criança violentada.
Acompanhe à segunda parte da entrevista com Itamar Gonçalves, gerente de projetos da Childhood Brasil, que explica como identificar essa situação e mostra as formas de prevenir e combater esse problema que atinge numerosas famílias:
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* O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda-feira a sexta-feira, às 18h30 e 23h30; e aos domingos, às 6h30 e 20 horas. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).