
Opinião: Bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki
Dr. Marco Antonio Azkoul
03/06/2016 às 09h32 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Nesta madrugada, Francisco de Assis Periotto anunciou pela [Super Rede Boa Vontade de] Rádio* o perigo e danos a toda humanidade e ao Planeta Terra. Fato este decorre da progressiva e desenfreada agressão ao ecossistema do planeta, desequilibrando não só as relações entre os seres vivos com o ambiente físico, mas gerando com isso doenças, epidemias, mortes, superaquecimento da terra, mudanças climáticas, cataclismos e perigo de extinção da própria espécie humana.
Acontece, como é sabido, que as superpotências, em especial os Estados Unidos e a China, são os maiores poluidores do planeta, sendo que a classe dominante dos EUA, fomentadora deste modelo mundial, quando o assunto é abordado sobre a defesa da ecologia, não visam outra coisa senão a de proteger seus lucros imediatistas, materialistas e de consumo econômico internacional de massa. Totalmente abusivo e perverso e, o que é pior, sob o falso capuz de legalidade dos direitos humanos. E, quando são ameaçados, já mostraram capazes de causar uma indescritível hecatombe e até incendiar o mundo indefeso com suas bombas nucleares capazes de destruir todo planeta um sem-número de vezes.
Não poderia deixar de dar um exemplo que concedeu o titulo do maior genocida, criminoso contra toda a humanidade, geocida, etnocida, biocida a Henry Truman, presidente dos EUA, cujo povo americano, enganado com falsas propagandas de guerra e pseudopatriotismo, nunca aprovou aquele lamentável ocorrido de triste memória contra a indefesa população de duas cidades Nagasaki e Hiroshima, vitimas do lançamento odioso de duas bombas nucleares que, em segundos, deixaram, conforme registros oficiais da Prefeitura de Hiroshima, a marca de 246.700 vítimas. A maior delas, cerca de 140 mil, morreram antes do fim de 1945 de modo lento, dolorido, cruel e sofrível. E em Nagasaki a morte foi de 73 mil pessoas num centro urbano com 210 mil habitantes, só não sendo pior graças às montanhas que evitaram uma tragédia muito mais horrenda.
Todas elas deixaram terríveis sequelas até hoje por este ato louco, covarde e abominável. Trata-se da maior vergonha que jamais será apagada na História de toda a humanidade. E nunca poderá ser denominada ou definida como guerra entre países. Realmente só pela fé, como diz o enredo da música que cantamos com lágrimas no coração pelas vítimas nesta madrugada.
* Marco Antonio Azkoul é mestre e doutor em Direito Constitucional pela PUC/SP e pós-doutor em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa-Portugal, bem como professor colaborador do Instituto de Ciências Jurídicas-Políticos da mesma Universidade Lusitana mater. Sobrinho do dr. Karim Azkoul, que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949), dr. Marco Antonio é autor de várias publicações e artigos, tendo proferido inúmeras palestras enfocando os temas de defesa do meio ambiente, defesa do consumidor, segurança e justiça. Há décadas, vem defendendo a natureza e o equilíbrio ecológico sustentável.
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