Brasília celebra 55 anos de muita cultura e mística
Da redação
20/04/2015 às 11h32 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Brasília completa nesta terça-feira, 21 de abril, 55 anos de fundação. A capital federal já abriga mais de dois milhões de pessoas, segundo dados do Censo 2010. São brasileiros de várias regiões do País, além de pessoas de outras nacionalidades que sob o magnífico céu do planalto central encontraram um lar na cidade que não tem esquinas. Uma beleza monumental em forma de “avião” prometida por Juscelino Kubitschek, projetada por Lúcio Costa e com o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.
A capital foi uma das cidades que sediou a Copa do Mundo de 2014, tornando-se também muito procurada para negócios, eventos e turismo. No Coração do Planalto Central, a capital do Brasil é planejada especialmente para receber bem todos os que a visitam. Ela permite que o turista aprecie a imensidão e a beleza de seu céu. Por seus monumentos com formas exclusivas, a cidade foi declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, no século 20, como o maior acervo da arquitetura modernista.
Cidade mística
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Símbolo do Ecumenismo Irrestrito, o Templo da Boa Vontade (TBV) — aclamado pelo povo como uma das Sete Maravilhas de Brasília — é o monumento mais visitado da capital federal, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF). Em 21 de outubro de 2014 completou o seu Jubileu de Prata, marco de 25 anos de promoção da Paz e da tolerância religiosa numa grande festa espiritual sob o comando de seu fundador, José de Paiva Netto. O monumento também integrou o roteiro oficial para a Copa do Mundo de 2014.
Situado na quadra 915 Sul. o Templo da Paz pode ser visitado a qualquer hora do dia. No ápice da Pirâmide de Sete Faces encontra-se a maior pedra de cristal puro do mundo, simbolizando o Ecumenismo Total, a presença unificadora de Deus. Ambientes como a Nave do TBV, Sala Egípcia, entre tantos outros, atraem peregrinos do Brasil e do Mundo, de todas as áreas do conhecimento humano em busca da sintonia com a Força Superior na qual cada um acredita.
Um pouco de história
Embora tenha sido erguida durante o governo de Juscelino Kubitschek, a ideia de uma capital na região central do país, tornando-o menos vulnerável a ataques litorâneos, por exemplo, surgiu ainda no Brasil Colônia. O primeiro a propor tal questão foi Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, em 1761.
Os planos para a mudança da capital se intensificaram em 1823, quando José Bonifácio apresenta um projeto sugerindo o nome de "Brasília" para a nova cidade. Em sonhos, Dom Bosco afirmava receber mensagens sobre a terra das oportunidades. Em um deles, em 1883, recebeu o aviso: "Quando vieres a escavar os minerais ocultos no meio destes montes, surgirá aqui a Terra da Promissão, fluente de leite e mel. Será uma riqueza inconcebível".
Em 1891, a cidade aparece pela primeira vez na Constituição, fato que se repetiu em 1934 e 1946. Com o passar do tempo, a necessidade de transportar a capital para o interior alcança outros objetivos, como habitar o Planalto Central e desenvolver a região Centro-Oeste.
Missão Cruls: demarcando o território da futura capital
Em 1892, o presidente Floriano Peixoto cria a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, conhecida como Missão Cruls. A expedição foi liderada pelo engenheiro belga e estudioso de geografia e astronomia, Louis Ferdinand Cruls.
A expedição durou cerca de sete meses e percorreu 14 mil quilômetros, registrando dados sobre a fauna, a flora e os hábitos dos moradores do sertão brasileiro. Porém, a missão principal de tal tarefa foi demarcar a área que viria a abrigar a nova capital do país, nomeada à época como “Quadrilátero Cruls”.
Ergue-se o sonho
A construção da cidade, porém, começa apenas em 1956, como promessa do mineiro Juscelino Kubitschek. Ao ser interrogado por um eleitor, o então presidente do país responde de forma decisiva: "Cumprirei na íntegra a Constituição. Durante o meu quinquênio, farei a mudança da sede do governo e construirei a nova capital."
O arquiteto Oscar Niemeyer foi escolhido por Juscelino Kubitschek para projetar os edifícios. O modelo da cidade foi escolhido por meio de um concurso, vencido pelo urbanista Lúcio Costa. Nas linhas do urbanista, a nova capital tem traços que formam um avião. Nos desenhos de Niemeyer, os prédios e edifícios de Brasília ganham proporções monumentais.
Em 21 de abril de 1960, Juscelino Kubitschek entrega a capital a todos os brasileiros. Brasília completa 55 anos como símbolo de um País em que a diversidade cultural não incentiva segregações e sim a união.