Depois dos diagnósticos de dengue, amigas passaram a alertar vizinhos

Wellington Carvalho

27/05/2014 às 15h04 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h01

Como forma de prevenção, diversas cidades brasileiras realizam a pulverização de inseticida para matar os vetores. Além de recolher entulhos e materiais que possam servir de criadouros para o mosquito.

Durante os cinco primeiros meses de 2014, os casos de dengue na capital paulista mais que triplicaram em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde. Só neste ano, são mais de seis mil casos contra os 2.617 registrados em 2013. Cinco pessoas já morreram em decorrência da doença em São Paulo.

Ao Portal Boa Vontade, a jornalista Sonia De Pieri, que mora e trabalha no bairro do Jaguaré — um dos mais afetados na zona oeste —, conta que entrou para as estatísticas ao ser diagnosticada com a doença em março, junto com a mãe e outras colegas de trabalho. Ela acredita que foi picada pelo Aedes aegypti durante o expediente e o que contribuiu foi “a falta de atenção de um vizinho da empresa”.

A dengue não foi nada agradável à Sonia. Afinal, quem gostaria de sentir “muito cansaço, falta de ânimo, apetite, além de diarreia e vômitos"? E todos esses sintomas mexeram com a rotina da jornalista. “Por conta da fraqueza, não dá para trabalhar e há significativa dependência de uma pessoa para auxílio em tarefas simples, como como tomar um banho, ir ao banheiro, comer. Viajar nem pensar, já que percorrer uns 10 metros já era uma maratona”, relembra.

Hoje, reestabelecida, Sonia afirmou que fica mais atenta à prevenção da doença, para que o caso não se repita em sua vida ou na de outras pessoas: “Comecei a fazer alertas nas redes sociais e na vizinhança. Efetuei várias ligações para prefeitura e subprefeitura que promoveram a limpeza das casas vizinhas e da rua”. E ainda orienta outros cidadãos, afirmando que devem “atentar mais para o próprio quintal. Deixar o Agente de Vigilância Ambiental entrar”.

Como a proliferação do mosquito é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a sociedade também colabore para interromper o ciclo de transmissão. A sonoplasta Maíla Campozana D'Addio, colega de trabalho da Sonia, que também teve dengue, é outra combatente assídua da doença. “Ficamos em alerta e acionamos a vigilância. Denunciem onde há focos de proliferação do Aedes aegpypt. Não é maldade fazer isso. Pelo contrário, é para o bem de todos, pois a dengue é terrível e derruba mesmo!”.

AÇÕES SIMPLES PARA COMBATER A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO DA DENGUE

— Encha de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta;
— Lave por dentro com água e sabão os tanques e os utensílios usados para guardar água, como jarras, garrafas e baldes; 
— Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como latas, potes, pneus, etc;
— Mantenha bem tampados os tonéis, barris d’água e a caixa d’água;
— Se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave ele principalmente por dentro com escova, água e sabão semanalmente;
— Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento do serviço de limpeza urbana;
— De preferência, o saco de lixo deve ser armazenado numa lixeira bem fechada. Não jogue resíduos em terrenos baldios.

 

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*Com informações da Agência Brasil.