DENGUE: Número de mortes por dengue caiu 87% no primeiro trimestre deste ano
Karine Salles
29/04/2014 às 15h19 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00
Em todo o Brasil, o número de mortes por dengue caiu 87% nos primeiros três meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2014, foram confirmados 47 óbitos, já em 2013 foram notificadas 368 mortes por dengue nesses meses. Os dados são do Novo Boletim Epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, atribui a queda no número de casos graves ao diagnóstico precoce e, sobretudo, à maior conscientização da população. "Esses números mostram que estamos no caminho certo. Contribuíram para esta redução o esforço dos profissionais de saúde e o controle dos focos do mosquito pelas equipes de vigilância. A participação da população na eliminação dos criadouros do mosquito também foi fundamental para a redução da dengue", avalia Chioro.
Já as cidades com o maior número de casos são Goiânia (GO), com 7.878 ocorrências; São Paulo (SP), com 7.550; Campinas (SP), com 6.611; Luziânia (GO), com 5.504; Belo Horizonte (MG), com 4.849; Maringá (PR), com 4.838; Brasília (DF), com 4.532; Aparecida de Goiânia (GO), com 3.454; Americana (SP), com 3.430; e Taubaté (SP), com 2.821. A maioria dos casos graves confirmados (87%) está concentrada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
PREVENÇÃO CONSTANTE
O Portal Boa Vontade relembra que, aos primeiros sintomas da dengue, como febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, as pessoas devem procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.
Apesar da queda significativa de mortes por dengue no Brasil, as condições de risco para a transmissão da doença ainda permanecem. Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito transmissor.
Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.