OIT pede maior controle sobre riscos de químicos no local de trabalho

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que 2,3 milhões de pessoas morrem por ano devido a acidentes e doenças relacionadas ao exercício da profissão. O levantamento ainda aponta que o prejuízo com perda da produtividade e outros custos indiretos é de cerca de 3 trilhões de dólares. A quantia equivale a mais de R$ 6 trilhões ou 4% do PIB global. 

Nesta segunda-feira, 28, Dia Mundial para Segurança e Saúde no Trabalho, a agência reitera o direito de todos os trabalhadores a um ambiente seguro, chamando a atenção para os riscos envolvidos no uso de químicos durante os processos de produção, como no preparo de medicamentos e de pesticidas.

O diretor da entidade, Guy Rider, lembra que substâncias químicas são componentes essenciais de vários produtos que já são parte do nosso cotidiano. Ainda assim, geram riscos para trabalhadores e meio ambiente.Um levantamento feito há 10 anos pela Organização Mundial da Saúde mostrou que 5 milhões de mortes no trabalho estavam relacionadas à exposição a substâncias químicas.

A OIT lembra que os funcionários expostos diretamente a substâncias perigosas devem ser informados, treinados e protegidos corretamente. Em entrevista à Rádio ONU, o vice-diretor da entidade em Nova York, Vinícius Pinheiro, comentou que "a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de um acidente de trabalho. É fundamental que os governos, trabalhadores e empregadores se comprometam a adotar políticas de prevenção desses acidentes"

Vinicíus Pinheiro afirmou que a OIT apoia as medidas do governo brasileiro para a prevenção de acidentes durante construções relacionadas à Copa do Mundo. "O governo brasileiro assinou um compromisso pelo emprego e pelo trabalho decente na Copa do Mundo, que inclui medidas específicas para prevenir que ocorram acidentes e doenças do trabalho. E a OIT está apoiando o governo em termos de política de prevenção em relação a este tema."