
Tiro com arco brasileiro estreia nas Paralimpíadas já mirando medalha
A maior esperança é Jane Karla, que chama atenção pelos bons resultados em pouco tempo
Da redação
18/02/2016 às 15h16 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Jane Karla conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados no Parapan
Para uma equipe que nunca esteve nos Jogos Paralímpicos, apenas participar do Rio 2016 já poderia deixar o tiro com arco brasileiro satisfeito. Mas a seleção não se contentou. No Mundial da Alemanha, em agosto do ano passado, o time confirmou as vagas nos arcos recurvo open e composto open (masculino e feminino) e ainda conquistou mais, totalizando oito atletas já garantidos nos Jogos.
Medalhistas de ouro no Parapan de Toronto, Jane Karla e Luciano Rezende são os atletas que, segundo a comissão técnica, têm mais chances de chegar ao pódio. Jane, Luciano e mais três arqueiros — Andrey Muniz e Júlio César de Oliveira, no composto masculino open, e Fabíola Dergovics — já estão pré-convocados para a seleção que vai disputar os Jogos. Eles obtiveram o número de pontos estabelecido pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) em campeonatos nacionais, além de terem cumprido o índice mínimo estimulado pelo Comitê Paralímpico Internacional. Os demais atletas do País ainda terão oportunidades nos próximos meses para chegarem ao índice.
Das bolinhas para as flechas
Henrique Campos, coordenador técnico da seleção paralímpica de tiro com arco, está impressionado com a dedicação da atleta, que não descansa enquanto não dispara cerca de 400 flechas por dia. Acostumada ao vai e vem das bolinhas no tênis de mesa — esporte pelo qual disputou duas edições de Paralimpíadas —, Jane mudou de modalidade no fim de 2014 e os primeiros resultados do ano passado já indicaram que a troca seria recompensada.
A medalha que não veio no tênis de mesa em Pequim 2008 e Londres 2012 é o grande sonho da atleta para o Rio 2016. E ela espera casa cheia para ajudar no desafio.