Futebol feminino cresce com a Copa do Mundo

Rafael Araújo

22/08/2023 às 14h24 - terça-feira | Atualizado em 22/08/2023 às 16h24

A Copa do Mundo acabou, a Espanha levou e o Futebol Feminino brilhou. A edição que foi encerrada neste último domingo, 20, na Austrália-Nova Zelândia, bateu recordes de audiência, de torcedores nas arquibancadas e de arrecadação.

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Nos gramados, vimos 736 jogadoras desfilando um futebol com nível técnico jamais produzido em um Mundial feminino. Não é à toa que algumas surpresas aconteceram e favoritas como Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Canadá e até o Brasil ficaram pelo meio do caminho, o que significa dizer que o futebol feminino evoluiu em outros países. E se há evolução, existe também interesse do público geral, e quando isso acontece, o investimento é inevitável e as publicidades crescem. O torneio deste ano gerou uma receita de US$ 570 milhões. A Fifa por sua vez, pagou US$ 152 milhões para federações e atletas. O número é dez vezes maior se compararmos com a Copa de 2015, realizada no Canadá.

No âmbito campo e bola, a Copa do Mundo deste ano recebeu pela primeira vez 32 seleções. A oportunidade para os países com menos tradição no futebol feminino aconteceu. As seleções das seis confederações continentais comemoraram pelo menos uma vitória na competição. Algo que nunca havia acontecido. Ainda destacando o âmbito esportivo, a decisão entre Espanha e Inglaterra foi inédita. As duas seleções nunca haviam disputado uma final e a Espanha levantou a taça pela primeira vez na história. 

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Podemos afirmar que essa Copa do Mundo foi da visibilidade e da oportunidade para o futebol feminino. Um torneio repleto de ingredientes ricos dentro e fora das quatro linhas. Se ainda há distância de igualdade com o futebol masculino, é possível comemorar os números da Copa do Mundo que se despediu com um gostinho de quero mais e com o sentimento que não morre no coração das mulheres que lutam por espaço no planeta da bola; o sentimento da esperança com uma boa porção de sorriso no rosto.