ONU alerta que retorno do El Niño pode levar a novos recordes de calor

Da redação

04/05/2023 às 09h07 - quinta-feira | Atualizado em 05/05/2023 às 09h53

© WMO/Abbas Raad

Países em desenvolvimento, como o Iraque (na foto), carecem de recursos para investir em recuperação, ação climática e ODS.

Segundo uma nova atualização da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño tem grande probabilidade de se desenvolver ainda este ano. Como resultado, as temperaturas globais podem subir.

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alerta que o desenvolvimento do fenômeno climático provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura.

Aquecimento das temperaturas

O fenômeno climático tem 60% de chance de chegar até final de julho, deste ano, e 80% de probabilidade que se forme até setembro.

O El Niño é um padrão climático de ocorrência natural associado ao aquecimento das temperaturas da superfície do oceano pacífico tropical central e oriental. Ocorre em média a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de nove a 12 meses.

O fenômeno está normalmente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central. Por outro lado, o El Niño também pode causar secas severas na Austrália, na Indonésia e partes do sul da Ásia.

Freio temporário

De acordo com Taalas, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. No entanto, nos últimos três anos houve um resfriamento por conta do La Niña, que atuou como um “freio temporário” na elevação da temperatura.

Ele afirma que o mundo deve se preparar para o desenvolvimento do El Niño, que além do calor, deve aumentar a seca ou chuvas em diferentes partes do mundo.

Segundo o secretário-geral da OMM, isso pode trazer alívio da seca no Chifre da África e outros impactos relacionados ao La Niña, mas também pode desencadear eventos climáticos e climáticos mais extremos.

Assim, ele reforça a necessidade dos sistemas de alerta precoce em todo o mundo.


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Com informações da ONU