Amazonas têm 1.664 focos de fogo e Ibama manda reforço de brigadistas

Qualidade do ar está mais de 10 vezes pior que a recomendação da OMS

Da redação

13/10/2023 às 21h20 - sexta-feira | Atualizado em 17/10/2023 às 11h07

Bruno Kelly/REUTERS

Fumaça de incêndios florestais na Amazônia é vista em Manaus, Brasil, 12 de outubro de 2023. 

Os incêndios no estado do Amazonas somaram mais de 1.600 focos de fogo ativos até essa quinta-feira, 12, identificados por satélite, informou nesta sexta-feira, 13, o Ministério de Meio Ambiente (MMA). Para ajudar a controlar a situação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai mandar reforço de 149 brigadistas para o Amazonas. Com isso, 289 brigadistas do Ibama devem atuar contra os focos de fogo.  

Na avaliação da pasta, o desmatamento acumulado no estado, a influência do fenômeno El Niño e as mudanças climáticas agravaram a seca no Amazonas neste ano. Os municípios amazonenses em situação mais crítica são os de Autazes, com 141 focos de fogo, seguido por Careiro com 110.  

Os focos de calor cresceram 147% no mês de outubro no estado do Amazonas se comparado com o mesmo mês de 2022. Outubro reverteu a tendência observada até setembro de redução dos incêndios no Amazonas. Se considerado o acumulado de janeiro à 12 de outubro, houve redução de 11,3% nos focos de calor.  

O fogo tem tornado o ar da região metropolitana de Manaus (AM) extremamente poluído. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a qualidade do ar, no máximo, não ultrapasse 20 microgramas por metro cúbico (µg/m³) e hoje estamos com Manaus com 225 µg/m³, então a situação é bem grave”, afirmou o presidente do Ibama, Ricardo Coutinho. A Fiocruz recomenda que a população use máscara em Manaus. 

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Com informações da Agência Brasil