Você gosta de fazer muitas 'selfies'? Cuidado com o hábito constante

Wellington Carvalho

09/06/2014 às 10h04 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h01

Shutterstock

Com o crescimento da presença da sociedade no mundo virtual, uma moda também tem ganhado força: fazer autorretratos com smartphones, as chamadas "selfies", em momentos marcantes e descontraídos, como durante viagens, festas, casamento de amigos etc. A pesquisa Selfiecity, feita recentemente em algumas cidades de continentes diferentes, revelou que as mulheres são as que mais se fotografam; delas, as brasileiras se destacam por maior exposição nas imagens.

Mas a situação exige ainda mais atenção: a mídia já noticiou casos de pessoas que chegaram a postar até mesmo registros de momentos extremamente íntimos. Tal situação pode culminar em "mal-estar, brigas e até separação de casais, principalmente quando um dos parceiros não gosta de aparecer, ou não sabe que a imagem foi compartilhada", explicou a psicoterapeuta Triana Portal à Super Rede Boa Vontade de Comunicação*.

A superexposição pode ocasionar muitos problemas, dentre eles, a divulgação não intencional de dados pessoais, o que pode ser utilizado contra o usuário por hackers e internautas mal-intencionados. Diante desse cenário preocupante da atualidade, o nobre Dr. Bezerra de Menezes (Espírito) alerta na revista Jesus Está Chegando!, edição 108 (p. 48): "Todos têm a oportunidade de corrigir os excessos, as exposições pessoais. Sejam mais comedidos, caríssimos Irmãos e Irmãs, menos expostos. Cuidado! A Humanidade se encarrega de destruir aqueles que se expõem demais quando por conta de assuntos particulares!".

A doutora Triana, da Sociedade Brasileira de Psicologia, explica que o ato constante revela uma "carência afetiva que a pessoa tenta compensar atraindo atenção para si mesma de todas as formas. As 'curtidas' equivalem a aplausos, aprovação. O cérebro recebe isso como reforço positivo e, por determinado prazer, irá desejar cada vez mais 'curtidas', podendo chegar a um vício". 

Divulgação
Psicoterapeuta Triana Portal.

Vale ressaltar os riscos a assaltos e acidentes durante as postagens, pois as pessoas ficam distraídas nas ruas. "Dados estatísticos apontam um crescente índice de acidentes de trânsito, alguns fatais, associado a indivíduos que tiram fotos enquanto dirigem", destaca a especialista. Um exemplo é o da norte-americana Courtney Sanford, de 32 anos, que tinha o costume de fazer autorretratos enquanto dirigia. Enquanto fazia uma selfie, ela se distraiu e, infelizmente, voltou à Pátria da Verdade em abril de 2014, após bater o carro.

Por isso, para que o hábito de realizar selfies não se torne inconveniente, algumas medidas podem ser tomadas, como aponta a psicoterapeuta:

— Procure ocupar o tempo também com atividades off-line;
— Cultive a experiência de estar desconectado das redes sociais;
— Passe tempo com os amigos e familiares presencialmente;
— Se perceber que um parente ou amigo está muito "bitolado", alerte-o sobre o problema. E, se a pessoa não te der ouvidos, tente fazer com que ela procure um psicólogo. Existem casos graves em que o vício é patológico e expõe a pessoa a riscos, evidenciando a necessidade de ajuda profissional.

Lembre-se de utilizar a tecnologia da melhor forma possível, não deixando que o mundo virtual substitua as reais oportunidades de alcançar a felicidade todos os dias. =)
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*Super Rede Boa Vontade de Comunicação — o termo refere-se aos veículos da Comunicação 100% Jesus: a Super Rede Boa Vontade de Rádio (AM 1230), a Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), o Portal Boa Vontade e as demais publicações de Espiritualidade Ecumênica.