Mesmo com as dificuldades, por que insistir no Bem?

Karine Salles

18/10/2013 às 22h41 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

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Muitas vezes, nos momentos de tribulação pessoal e coletiva, passamos a enxergar melhor a nós mesmos e aos outros: vemos que não somos invencíveis e que precisamos das pessoas ao nosso lado para nos apoiar. O sofrimento pode chegar a toda Alma, mas nem sempre nos lembramos disso. Entretanto, a dor vem e nos atinge (e aos nossos Irmãos em Humanidade) suscitando, com frequência, temores e dúvidas: Vale a pena tanto esforço? Temos tudo o que julgamos merecer? As pessoas nos amam como gostaríamos?

A Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo nos convida a abandonarmos as dúvidas e assumirmos o questionamento do aprendizado em Deus: O que fazer para superar essa situação e alcançar o que sonhamos? Como demonstrar às pessoas que amamos que desejamos tê-las sempre ao nosso lado? O que tenho a aprender com essa dificuldade?
As questões existenciais terão sempre lugar em nossa vida, e precisamos buscar suas respostas, mas não podemos duvidar de haver sentido para a nossa existência, pois o próprio Deus nos mandou Seus emissários (na Religião, na Ciência, na Filosofia, na Família...), para conceder-nos ensinamentos valiosos, capazes de nos orientar nessa jornada.

A Religião do Amor Universal, com seu Ecumenismo dos Corações¹, há muito prega que não nos devemos deixar envolver unicamente pelas preocupações da vida, do cotidiano, sentindo-nos prisioneiros dos problemas. Contudo, o que temos de fazer é reorganizar nosso pensamento na Sintonia de Deus, a começar pelo exercício da prece, e praticar a ordem essencial deixada por Jesus, o Cristo Ecumênico, em Seu Evangelho segundo João, 13:34 e 35, ao revelar-nos Seu Novo Mandamento: "Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos". 

De modo simples, podemos concluir: a mensagem do Divino Mestre convoca-nos a trilhar pela Seara do Bem. Assim, se abraçarmos essa ideia e a colocarmos em prática, estaremos, de fato, contribuindo para edificar uma Humanidade mais feliz e nos tornaremos felizes também, porque seremos livres dos sentimentos ruins que aprisionam o nosso Espírito. A palavra-chave do seareiro do Bem, aquele que se dedica a semear dias melhores é Caridade. O saudoso proclamador da Religião do Terceiro Milênio, Alziro Zarur (1914-1979), há décadas afirmava que "Deus criou o ser humano de tal forma que ele só pode ser feliz praticando o Bem".

Pratiquemos, então, a Caridade sem esperar recompensa, pois, pelo prisma espiritual, ninguém deve trabalhar apenas para si mesmo. Quer dizer, o ato caritativo precisa ser natural para aquele que, compreendendo seu próprio valor, não busca avidamente o reconhecimento alheio, mas, em vez disso, luta para cumprir o que ordenou e fez o Cristo Ecumênico em Sua primeira Vinda Visível à Terra.

Sobre a falta de constância do Amor Solidário e de respeito à reta Justiça, tão necessários para o processo de derrubada da mentalidade esterilizadora do ódio, alerta o presidente- pregador da Religião do Novo Mandamento, José de Paiva Netto: "Urge levar em alta conta que a reforma do social vem pelo espiritual. Não somos apenas corpo, porém, acima de tudo, Espírito. Na negativa sistemática dessa concepção, também reside o fundamento de todas as crises, incluída a econômico-financeira que, na atualidade, sobressalta os povos. O individualismo exacerbado anuncia o coração estéril (...)"².

A Religião do Amor Universal ensina que os amigos benfeitores do Mundo Espiritual ficam felizes de estar ao nosso lado — que somos igualmente Espíritos, por ora encarnados — quando nossa participação no trabalho solidário é ativa e, ao mesmo tempo, quando o esforço na busca da reforma de nosso interior é verdadeiro.

É por isso que vemos o sentimento de Solidariedade se expandir quando se ouve falar do sofrimento alheio. Em nossa essência sentimos inquietude, vontade de ajudar, de alguma maneira, o irmão ou os irmãos que padecem em enchentes, na seca, em calamidades, enfim, nas tragédias humanas, que teimam em ocupar o noticiário e nos desafiam a não permitir que se tornem banais. Desejamos doar um pouco que seja de nós para calar a dor do próximo — dor que também é nossa, da raça humana. Assim, não cansamos de ouvir que o povo brasileiro é generoso. E ainda bem que é assim, mas não podemos permitir que essa identidade solidária se perca ou se restrinja a nossas fronteiras.

É atribuída ao político e revolucionário britânico Thomas Paine (1737-1809) a seguinte frase: "O mundo é o meu país, todo ser humano é um irmão, e fazer o bem é minha religião". Na Legião da Boa Vontade e na Religião Divina, testemunhamos essa convicção concretizada todos os dias, no cumprimento de sua missão de amparar material e espiritualmente os mais necessitados. Nelas aprendemos sempre que se faz necessário estar onde o povo precisa. Essa postura renova nosso sentido de vida, nos faz maiores que as dores. Por isso, mais do que nunca, devemos insistir na Seara do Bem. 

VENHA SER FELIZ NA RELIGIÃO DE DEUS, DO CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO!
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¹ Ecumenismo das Almas e dos Corações integra os 4 Pilares do Ecumenismo, sobre os quais publicou Paiva Netto em seu livro Reflexões da Alma, p. 162, versão pocket.
² Publicado no artigo "Não há morte em nenhum ponto do Universo".