Como ajudar uma pessoa com dependência química

Como ajudar uma pessoa com dependência química? Dentro da Campanha Permanente de Valorização da Vida, o Portal Boa Vontade trará, neste texto, importantes orientações para você que pretende amparar algum ente querido ou amigo que enfrente esse desafio. Esperamos que o conteúdo lhe ajude a entender os sinais e como agir para ajudá-lo nesse momento difícil. ;)

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Desde a década de 1960, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência química como uma doença. E assim como em qualquer outro problema de saúde, o suporte da família e de pessoas queridas durante o tratamento é fundamental.

No caso de dependência química de um amigo ou ente querido, você saberia como ajudar?

+ Como a religiosidade ajuda no tratamento do alcoolismo
+ Saiba por que o consumo de drogas traz consequências para as famílias
+ Especialistas mostram que é possível viver sem o cigarro

Trazemos aqui algumas dicas de como ajudar uma pessoa com dependência química, coletadas de uma entrevista concedida pela dra. Zila Sanchez, graduada em Farmácia Bioquímica pela USP e professora de medicina preventiva da Unifesp, à Super Rede Boa Vontade de Rádio.

Ela também é pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, o CEBRID.

ACOLHIMENTO

Segundo a dra. Zila, esse é um passo fundamental no apoio às pessoas com dependência química. Se você é amiga(o) ou um familiar, dê esse suporte ao indivíduo, tratando-o com o devido respeito e atenção.

Agir com empatia, entendendo a dor do semelhante e mostrando-se disposto a ajudá-lo, é, nos dizeres da professora de medicina preventiva da Unifesp, importantíssimo para os passos seguintes: "Esse primeiro momento é de total de acolhimento".

NÃO ALIMENTE ESTIGMAS

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Para ajudar uma pessoa com dependência química, é preciso derrubar estigmas, que ainda atrasam a busca por tratamento.

De maneira nenhuma agrida [física e verbalmente] ou faça julgamentos dessa pessoa, procurando por culpados ou de onde vem o problema. Essa postura agressiva deve ser evitada por quem se dispõe a ajudar.

Não reproduza frases como "nunca faltou nada a você", "por que você fez isso?" ou "você só me envergonha/decepciona".

A dra. Zila explica: "Depois desse momento de acolhida, o próprio paciente, durante o tratamento, vai buscar o que pode tê-lo levado a isso, as situações emocionais que possam ter facilitado e os fatores de risco as quais ela se expôs".

SUGIRA AJUDA MÉDICA

Além de acolher o ente querido, tratando-o com respeito e sem estigmatizar a doença, a pesquisadora indica a procura por tratamento médico na rede de saúde e assistência social.

Converse e procure explicar a importância de um auxílio médico.

Esse apoio clínico, afirma a dra., abraça todas as fases de dependência. "Para cada um desses momentos, podemos ter respostas vindas de pesquisas científicas que nos permitirão entender o que ajuda nas intervenções em cada uma dessas fases, que são distintas."

Nesse sentido, destacamos a Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, disponível gratuitamente na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Saiba mais.

NÃO DESISTA DA PESSOA

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Lidar com um dependente químico, além do importante tratamento médico, exige muita dedicação e paciência. O tratamento é gradual e pede muita força de vontade — por parte do paciente e da família e amigos.

Então não desista de seu ente querido ou amigo.

O processo de desintoxicação pode ser demorado e ter alguns percalços. "As recaídas e a fissura^[*¹] são comuns. Não pense que por que houve recaída o tratamento acabou", exemplifica a dra. Zila.

AMPARO ESPIRITUAL

Gostaríamos de enfatizamos que, além dos males ao corpo, o consumo esporádico ou constante de drogas (lícitas e ilícitas) causa muitos danos ao Espírito.

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Como ensina José de Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, “estamos corpo, mas somos Espírito” — ou seja, é na nossa parte Eterna (a Espiritual) que tudo de bom ou de ruim se origina.

Deixamos aqui estes artigos para que você se aprofunde nesses aspectos:

+ Tabagismo e suas consequências físicas e espirituais
+ Quais os danos do álcool para o espírito
+ O Conhecimento Espiritual no combate às drogas
+ Pela vida: contra os vícios do sexo, das drogas e do álcool

Para ajudar uma pessoa com dependência química, é preciso aliar o amparo espiritual ao tratamento médico.

"Precisamos tomar as providências que competem ao tratamento do corpo e também no aspecto espiritual, que é importantíssimo e fundamental", explica o Pregador Ecumênico da Religião Divina Alan Mateus.

Nossa primeira recomendação é que pratique e incentive a pessoa a ORAR. Envolva o nome de seu ente querido ou amigo no Sagrado Livro de Preces da Religião Divina, mentalizando a aproximação espiritual dos Anjos da Guarda desta pessoa.

"Quando um indivíduo faz uso de drogas, fica vulnerável à aproximação de espíritos atrasados, dependentes da droga no Mundo da Verdade, capaz de proporcionar situações complicadas material e espiritualmente", explica Alan.

É importante salientar que o Poder da Oração não trará benefícios apenas ao paciente, mas também para todos os familiares e pessosa próximas, que sofrem com a situação.

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O Pregador Ecumênico ainda recomenda a ida à Igreja Ecumênica da Religião do Terceiro Milênio mais próxima de vocês, de modo que o paciente possa acompanhar a Cruzada do Novo Mandamento de Jesus e participar da Cerimônia de Imposição das Mãos.

"Caso ela não possa vir, venha por ela, porque o importante é jamais desistir da pessoa", finaliza.

Apresentamos esta importante lição contida na Parábola da Ovelha Perdida, constante no Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 15: 4 a 7:

“4 Qual, dentre vós, é o homem que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?

“5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.

“6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

“7 Digo-vos Eu que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

Jesus, o Divino Mestre, demonstra, nesta Passagem Bíblica, sua inesgotável dedicação aos Seus Filhos, ou seja, todos nós. Por isso, devemos nos espelhar no Cristo Ecumênico e tratar nossos semelhantes da mesma forma.

Para finalizar, trazemos destacado trecho do artigo "Derrotandos os vícios", do jornalista, radialiasta e escritor Paiva Netto. Ele escreve:

"Paiva Netto, nesse mesmo artigo, afirma: Não se deve desistir das pessoas que se ama, mesmo as que, por um motivo ou outro, se deixe de amar ou que nunca se amou. Na verdade, não se deve jamais desamparar a criatura humana, porque, no fundo, formamos a Imensa Família de Deus. Aprendamos com Jesus, que é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. Portanto, vai buscar a ovelha perdida onde quer que se encontre."

Leia o artigo completo aqui.

O que é dependência química?

De acordo com a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da OMS, dependência química é entendida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância.

Pode ser dependência de uma substância psicoativa específica (fumo, álcool ou cocaína), psicoativas (como opiáceas) ou até de um conjunto de substâncias farmacologicamente diferentes.

Sintomas de dependência química

Quer saber como ajudar uma pessoa com dependência química? É preciso, antes de tudor, reconhecer os principais sintomas. São eles:

→ Desejo incontrolável de usar a substância;
→ Não conseguir parar depois de ter começado, ou seja, a falta de controle;
→ Aumento de tolerância à droga, fazendo que o indivíduo procure doses maiores para ter o mesmo efeito de anteriores.

Em relação à abstinência, os sintomas são:

→ Sudorese
→ Tremores
→ Ansiedade quando a pessoa está sob efeito da droga

*¹ A fissura ou craving é entendida como o desejo intenso por uma substância química. Pesquisadores deste tema ainda conceituam o term como o desejo de experimentar os efeitos da droga ou alívio para os sintomas de abstinência.