A força da mulher no mundo

Legião da Boa Vontade participa do principal encontro na ONU pela igualdade de gênero, destacando a grande importância da mobilização feminina na sociedade

Da redação

03/05/2018 às 09h56 - quinta-feira | Atualizado em 10/05/2018 às 14h30

UN Photo/Loey Felipe
UN Photo_Mark Garten

Dr. António Guterres, secretário-geral da ONU.

Mulheres e meninas de todas as partes do planeta têm se articulado em diversas iniciativas e demonstrado que o mundo vem passando por relevantes transformações, em especial a que busca garantir a equidade de direitos e de oportunidades e o repúdio a todas as formas de violência  contra o público feminino. Na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nos Estados Unidos, durante a 62ª sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW, na sigla em inglês), realizada de 12 a 23 de março, isso ficou bastante evidente. O secretário-geral do organismo, António Guterres, enfatizou, na cerimônia de abertura do evento, exatamente a capacidade de reação que as pessoas têm manifestado. “Em todo o mundo, as mulheres estão contando suas histórias e provocando conversas importantes e necessárias — em aldeias e cidades, em salas de reuniões e quartos, nas ruas e nos corredores do poder”, disse.

Guterres também citou a força de movimentos nascidos recentemente, como, por exemplo, aqueles por intermédio dos quais atrizes e atores de fama internacional têm denunciado casos de abuso sexual cometidos nos bastidores das indústrias da TV e do cinema. “De ‘MeToo [Eu Também]’ a ‘Time’s Up [O Tempo Acabou]’ e ‘The Time is Now [A Hora é Agora]’, (...) mulheres e meninas estão alertando para [a ocorrência de] comportamentos abusivos e atitudes discriminatórias”, ressaltou.

UN Photo/Mark Garten

Phumzile Mlambo-Ngcuka, secretária-geral adjunta da ONU.

Depois de proferir essas considerações e de pedir a todos atenção especial ao tema da edição deste ano da CSW, que discutiu os desafios e as oportunidades para serem alcançadas a igualdade de gênero e a autonomia de mulheres e meninas rurais, o secretário-geral fez questão de salientar que a consecução desse objetivo é essencial a fim de que se cumpra a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Na ocasião, Phumzile Mlambo-Ngcuka, secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora-executiva da ONU Mulheres, explicou por que o foco nas pessoas do gênero feminino que atuam na área rural foi o escolhido para pautar a reunião. “Em todo o mundo, quase um terço das mulheres empregadas trabalham na agricultura. Existem 400 milhões de mulheres que são trabalhadoras agrícolas. Elas trabalham principalmente como pequenas produtoras e agricultoras ou como trabalhadoras informais, com pouca ou nenhuma proteção social e quase sem visibilidade. Mas o mundo só se alimenta todos os dias porque elas trabalham”, afirmou.

Fornecendo outros dados importantes, ela prosseguiu: “Em todo o mundo, milhões de mulheres e meninas nas áreas rurais são responsáveis pelos cuidados não remunerados em suas casas, zelando por suas famílias, mas perdendo chances para seu próprio crescimento. Esta Comissão espera mudar essa realidade”.

Arquivo BV

LBV na mídia Danilo Parmegiani, representante da Legião da Boa Vontade nas Nações Unidas, concede, em 15 de março, entrevista à jornalista Leda Letra, da ONU News (agência multimídia), na qual fala sobre o trabalho realizado pela LBV nos sete países onde a Instituição está presente.


Parte dessa necessária mudança passa pelo debate do tema de revisão da 62ª CSW, que avaliou o progresso na implementação de medidas anunciadas na 47ª CSW (ocorrida em 2003) para fomentar o acesso do sexo feminino à mídia e às tecnologias da informação e da comunicação, além do impacto positivo do uso desses instrumentos para o avanço do empoderamento feminino. A pertinência da discussão revela-se clara quando, mesmo com todos os esforços empregados na democratização do acesso à internet e às novas tecnologias e com todas as melhorias empreendidas nesses ramos, ainda se estima que existam 250 milhões de mulheres on-line a menos que homens e que haja 1,7 bilhão delas em países de baixa e média rendas sem celular (segundo dados da União Internacional de Telecomunicações, divulgados em 2016).

A PRESENÇA DA LBV NO ENVENTO
A Legião da Boa Vontade, que mais uma vez marcou presença no evento, apresentou aos participantes suas recomendações de boas práticas, por meio de edição da revista BOA VONTADE Mulher (disponível em espanhol, francês, inglês e português). A publicação mostra como as tecnologias da informação e da comunicação têm se tornado fortes aliadas no combate à pobreza e na luta pela equidade de gênero. Destaque para o artigo do diretor-presidente da LBV, o jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto, no qual ele discorre: “(...) Educar com Espiritualidade Ecumênica é transformar — e que seja naturalmente para melhor. Reformada a criatura, restaurado estará o planeta”. (A íntegra do texto está no blog do autor.)

A referida mensagem do dirigente da Instituição, que agrega exemplos de solidariedade e de ética, foi muito bem recebida pelas delegações dos vários países presentes ao encontro por buscar preparar as diversas gerações para viver a Cidadania Global, ganhando, assim, realce no acontecimento.

LBV COMPARTILHA EXPERIÊNCIAS EM SIMPÓSIO SOBRE PROTAGONISMO JUVENIL NA ONU

Eliana Gonçalves
Ao microfone, Danilo Parmegiani, representante da LBV nas Nações Unidas, apresenta as boas práticas da LBV nas ações de empoderamento de jovens.

A convite do Comitê de ONGs sobre Espiritualidade, Valores e Interesses Globais nas Nações Unidas, a Legião da Boa Vontade realizou palestra, relatando suas frutíferas experiências no empoderamento de jovens como parceiros na implementação de importante roteiro: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O evento ocorreu em 26 de abril de 2018, na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York, Estados Unidos, com o tema “Parceria igualitária com a juventude garante paz sustentável”.

Dirigindo-se ao público presente — que contou com conferencistas dos Estados Unidos, do Brasil e do Paquistão —, Danilo Parmegiani, representante da LBV nas Nações Unidas, afirmou: “Entre tantos desafios que a juventude enfrenta nos dias de hoje, o trabalho que a Legião da Boa Vontade realiza sempre visa apresentar uma solução que atue simultaneamente em várias frentes e promova o desenvolvimento integral do ser humano”. E completou: “A LBV fomenta a cidadania planetária e a consciência socioambiental, por meio da Educação com Espiritualidade Ecumênica, uma proposta inovadora criada pelo educador Paiva Netto. A Instituição desenvolve o amparo material e o espiritual, incentivando o papel protagonista do jovem na construção de um mundo mais sustentável”.

Gisela Portilho
No escritório da LBV em Nova York, membros do comitê apreciam imagem do Conjunto Ecumênico da Legião da Boa Vontade, formado pelo Templo da Boa Vontade (TBV), pelo prédio administrativo da LBV em Brasília/DF e pelo Parlamento Ecumênico Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV. O local é o mais visitado da capital brasileira, segundo dados oficiais da Secretaria de Estado do Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal (Setul-DF).

VISITA NA LBV DOS ESTADOS UNIDOS
Após a conclusão do painel temático, membros do conselho executivo do referido comitê estiveram no escritório da LBV em Nova York, onde puderam conhecer um pouco mais do trabalho da Instituição, que é associada, desde 1994, ao Departamento de Informações Públicas (DPI) da ONU. Em 1999, foi a primeira Entidade brasileira a obter status consultivo-geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) do mesmo organismo.