"Epidemia oculta" no ar: é preciso prevenir a tuberculose

Karine Salles

04/04/2014 às 15h07 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

A tuberculose continua sendo uma "epidemia oculta", de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em grande parte do mundo, causando a morte de milhões de pessoas a cada ano, principalmente nos países em desenvolvimento.

A OMS trabalha para reduzir pela metade as taxas de prevalência da doença e de mortes até 2015. Segundo a organização, mais de 70 mil crianças morrem por causa da doença todos os anos, sendo maior o índice de meninos e meninas com menos de três anos de idade e que sofrem de malnutrição severa.

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, a tuberculose é transmitida por meio do ar. A contaminação é feita quando o paciente infectado tosse, fala ou espirra. Por isso, é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, embora também possa ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.

A prevenção da doença é importante desde o nascimento, porque a tuberculose geralmente não é detectada até a faixa dos 15 anos, principalmente por falta de acesso a serviços de saúde. Outro motivo para o diagnóstico tardio é que muitos trabalhadores da área da saúde não estão treinados para testar a doença nesta faixa etária.

Para evitar o contágio, é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Os recém-nascidos que apresentem sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. Segundo a OMS, a prevenção custa apenas 3 centavos de dólar por dia. E o tratamento completo para as crianças que contraem a tuberculose não passa de 50 centavos de dólar, pouco mais de R$ 1.