Como lidar com um processo de separação conjugal?

Compreenda a importância de pais e filhos passarem por este momento unidos, com respeito e amor

Wellington Carvalho

25/02/2015 às 15h15 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

A separação de um casal envolvendo filhos é sempre um assunto delicado. É preciso lembrar que, mesmo em casas diferentes, o sentimento de união e amor deve permanecer em prol do desenvolvimento dos pequenos. O jornalista, radialista e escritor Paiva Netto ensina, há décadas, que “a família é o esteio bendito das Almas em evolução”. É nela que evoluímos, desenvolvendo as capacidades de amar, respeitar, trabalhar digna e eticamente, entre tantas outras. Por isso, é importante a plena preservação dessa instituição, independente da forma que a sua tem. Se não cuidada, os resultados podem ser totalmente inversos.

Quando um divórcio acontece é importante buscar resolver as questões de forma amigável, evitando desgastes para os filhos e os prejuízos de uma batalha judicial.

De acordo com o dr. Sami Storch, juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, aumentam as pilhas de processos judiciais a cada dia. “A justiça não está dando conta de analisar tantos processos e o judiciário não se desenvolveu no mesmo ritmo. Há necessidade muito grande de métodos alternativos de solução dos casos — o que está sendo reconhecido e estimulado”, afirmou ao programa Sociedade Solidária*, da Boa Vontade TV. Por isso, separação de bens, guarda das crianças, e outras questões devem ser tratadas amigavelmente entre o casal e advogados, quando possível.

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FILHOS NÃO DEVEM SER ESQUECIDOS

Quando há filhos envolvidos na vida da família, é importante que os pais não percam de vista as necessidades dos pequenos durante e após o fim do casamento. Recentemente, em entrevista ao programa Vida Plena*, o psicólogo Alexandre Rivero explicou sobre o tema: “Na infância, a presença dos pais deve ser muito concreta. Eles devem estar mais presentes fisicamente no cotidiano das crianças, a ameaça de quebrar isso é muito prejudicial a elas”. Já na adolescência, como o filho já tem grupos de amigos formados e maior autonomia das suas tomadas de decisões, o especialista elucida que ele só precisa sentir que seus pais estão disponíveis, para momentos de diálogo e apoio, sempre que precisar. 

Essa disponibilidade é fundamental para que o filho sinta da menor forma possível o impacto do processo de divórcio. De acordo com Rivero, a criança ou o jovem pode sentir uma saudade exagerada dos bons momentos em família, assim como de situações desagradáveis e marcantes na separação, acumulando sentimentos ruins dentro de si. “Se não houve uma ‘digestão emocional’, o filho deve se abrir ao diálogo — o que também pode ser feito com uma pessoa querida, como uma amiga”. 

Além desses apontamentos, o psicólogo ressalta que as crianças nunca devem ser envolvidas nos possíveis conflitos da separação, sendo utilizadas, por exemplo, como cúmplices de um dos cônjuges para “concordar” com os erros do outro. “Futuramente, ela pode olhar para trás e acabar se sentindo culpada pela separação.”

Vale ressaltar que os cuidados com os sentimentos dos filhos são importantíssimos, mas não únicos. Ao Portal Boa Vontade, a advogada Evilene Fonseca Gonzaga, especialista em Direito da Família há 15 anos, pondera que, em “relação aos direitos dos filhos, os mais esquecidos são o da convivência e dos alimentos, apesar de, muitas vezes, estarem devidamente regulamentados ou decididos nos respectivos processos”. O descumprimento dos acordos processuais gera retratações variáveis com a Justiça.

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*Pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV), o programa Sociedade Solidária vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e às 23h30, e aos domingos às 6h30 e às 20 horas. Já o programa Vida Plena vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 11h30. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).