Cigarro eletrônico não inibe o vício e pode causar câncer

Wellington Carvalho

28/04/2014 às 15h49 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Modelo de cigarro eletrônico, o chamado e-cigar.

São Paulo, SP — Para fugir do vício, fumantes tentam abandonar o uso do cigarro através de várias formas. Uma delas é a utilização do cigarro eletrônico, composto por uma bateria. Criado há alguns anos, ele procura recriar a forma e a função de um cigarro comum, principalmente no ato de fumar, funcionando como uma piteira que a pessoa aspira como se estivesse tragando um cigarro verdadeiro. Substituindo a fumaça, um vapor aromatizante é liberado a cada tragada.

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Dessa forma, alguns acreditam que o cigarro eletrônico em nada afeta a saúde humana. Porém, se engana quem pensa assim. Segundo estudo realizado pela Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, os cartuchos do aparelho possuem, além da nicotina, as substâncias nitrosamina e dietileno glicol, que são cancerígenas e causadoras de dependência química. 

Além das consequências à saúde de quem o utiliza, o cigarro eletrônico também continua alimentando o vício da pessoa. Ao Portal Boa Vontade, o psiquiatra e especialista em dependência química dr. Gabriel Lopes ressalta que "o uso do cigarro eletrônico como paliativo pode ser uma ilusão. Ao utilizá-lo, a pessoa pratica os mesmos gestos de quando traga um cigarro comum, ativando regiões específicas do cérebro que mantém a vontade de fumar". Por isso, alerta: "Não recomendo o cigarro eletrônico porque não há evidências científicas de que ele combate o vício. Há medidas mais eficazes como a nicotina em goma ou em forma adesiva, além de medicamentos específicos que ajudam a diminuir a abstinência pelo cigarro".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de fumantes no mundo seja de 1,1 bilhão de pessoas, sendo que o tabaco foi o responsável pela morte de 100 milhões de pessoas no último século. 

Para acabar com o vício, "é fundamental ter a vontade de parar com ele", conforme orienta o pneumologista e especialista em Reabilitação Pulmonar, dr. Oliver Nascimento. Além disso, "é preciso buscar apoio em profissionais que prescreverão possíveis medicamentos ao fumante e apoiarão no tratamento, inibindo as razões que levam a pessoa a fumar e auxiliando nas mudanças de hábitos dela".

E neste processo importante, vale ressaltar a importância da fé, da ajuda de familiares e amigos na superação dos vícios, seja ele qual for. "A Fé aumenta a autoconfiança do indivíduo. A religiosidade ajuda a aumentar a imunidade e a diminuir os índices de recaída do fumante", destaca o dr. Gabriel Lopes.

Para as famílias que lutam contra o vício de algum parente, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo está sempre à disposição, oferecendo conforto, amparo, e esclarecimento espiritual, ajudando aqueles que enfrentam o desafio. Portanto, participe das Reuniões Públicas da Religião do Amor Universal. Confira o endereço da Igreja Ecumênica mais próxima de você ou ligue 0300 10 07 940 (custo de ligação local + impostos).