Saiba como evitar queimaduras dentro de casa com as crianças
É preciso estar de olhos atentos, pois a qualquer momento elas aprontam e podem se ferir gravemente, ainda mais na época das férias escolares.
Karine Salles
05/06/2015 às 14h42 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Já sabemos que, com criança, todo cuidado é pouco. É preciso estar de olhos atentos, pois a qualquer momento elas aprontam e podem se ferir gravemente, ainda mais na época das férias escolares. Pais, responsáveis, cuidadores e educadores devem estar sempre atentos para evitar que a curiosidade da garotada possa causar acidentes mais graves. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que, no período entre 2013 e 2014, foram registrados mais de 15 mil casos de internações por queimadura em crianças com até 10 anos.
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Medidas simples do dia a dia podem proteger a criança contra queimaduras. O Portal Boa Vontade reuniu algumas dicas para ajudar você, que convive com crianças pequenas, a evitar acidentes. A primeira delas deve ser com relação às tomadas. Elas devem ser isoladas por protetores, esparadrapo, fita isolante ou serem escondidas por móveis para evitar que os pequenos encostem e recebam uma descarga elétrica.
Certamente a cozinha é a área com maior risco de que acidentes envolvendo fogo ocorram. Listamos alguns cuidados que podem ser úteis.
— Ao cozinhar, por exemplo, o ideal é manter as crianças em outro cômodo sob o cuidado de outro adulto;
— Dê preferência às bocas da parte de trás do fogão, que as crianças não alcaçam;
— Mantenha o cabo das panelas direcionados para o centro e não para fora, pois assim evita que alguém esbarre e cause um acidente;
— Evite usar toalhas de mesa compridas, que podem ser puxadas pelas crianças e derrubar objetos e alimentos quentes;
— Fósforos, isqueiros e álcool devem ficar longe dos pequenos, num lugar que eles não alcancem.
Lembrando que os alimentos e bebidas quentes devem ser provados antes para serem servidos na temperatura adequada. Explicar atentamente o perigo dessas situações para a criança é fundamental para que ela entenda e respeite as normas da casa.
As queimaduras também podem ocorrer na hora do banho. Por isso, a água deve ser testada com o dorso da mão ou com os cotovelos de um adulto antes de colocar a criança na banheira. Queimaduras por carga elétrica também podem ocorrer, logo, nada de manusear objetos elétricos no banheiro ou na presença de água.
É importante, também, estar atento com o ferro de passar roupas. Nunca deixe o aparelho ligado sem a presença de um adulto e, após utilizá-lo, lembre-se de deixar em um local que a criança não tenha acesso.
E caso ocorra, como fazer?
É importante saber como agir em cada situação para não agravar o quadro. O cirurgião plástico Luiz Philipe Molina explicou que “a primeira e mais importante ação é lavar com água corrente e em grande quantidade, por uns 10 minutos. A água deve estar em temperatura ambiente, nem quente e nem fria. Não se deve passar nada, apenas embrulhar em uma toalha limpa e busca ajuda num posto de saúde, que lá vão orientar a forma correta".
Em todo caso, a criança deve ser encaminhada ao atendimento de urgência e emergência e passar por avaliação de um profissional de saúde, que indicará o melhor tratamento para cada situação. “Para poder fazer o diagnóstico correto e uma análise dessa queimadura, se ela é mais superficial ou se ela é mais profunda. Por isso, o melhor é não passar nada, se você passa uma pomada, por exemplo, terá que remover e isso pode causar dor e desconforto", explicou.
EXCLUSIVO NA WEB
Especialistas ressaltam que as pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o que é correto fazer após o acidente. Existem algumas 'crendices populares' que são extremamente perigosas, como passar creme dental, borra de café e manteiga após o acidente. Isso irá piorar ainda mais a lesão, pois poderá causar irritação e contaminação. A recomendação, para casos de queimaduras é colocar a parte afetada imediatamente debaixo de água corrente fria por cerca de 10 minutos.
O tratamento dependerá de cada caso. Procurar orientação médica é a recomendação mais importante, pois quando feito adequadamente pode ajudar a acelerar a regeneração da pele e minimizar as consequências, deixando cicatrizes menos aparentes, por exemplo. O cirurgião-plástico Luiz Philipe Molina Vana explica quais são algumas das formas de tratamento.
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Com informações do Ministério da Saúde
