Pessoas com Síndrome de Down alcançam êxito no mercado de trabalho

Em todo o mundo, a incidência de pessoas com Síndrome de Down é de uma para cada mil, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Todo ano, cerca de 3 mil a 5 mil crianças que nascem com a síndrome. No Brasil, entre 800 nascimentos, uma nasce com ela, conforme aponta o Ministério da Saúde. Os principais traços físicos são olhos amendoados, rosto arredondado e mãos menores. A síndrome também afeta características cognitivas, a exemplo das disfunções motoras e do atraso na articulação da fala.

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Porém, ter a Síndrome de Down não significa ter uma vida limitada e inativa. A partir das pesquisas e descobertas científicas e do acesso à informação, as pessoas com Down alcançam maior autonomia em suas vidas. E isso pode ser percebido inclusive no mercado de trabalho. Fernanda Jimenez Rodrigues superou as próprias dificuldades e alcançaram sucesso profissional.

Aos 37 anos, ela é secretária e mestre de cerimônia na Câmara Municipal de São Paulo. Ao Portal Boa Vontade, ela contou que não se sente "inferior a ninguém. Tenho muito orgulho de ser uma pessoa com Síndrome de Down, porque sou vitoriosa. Sou a única profissional da Câmara com o distúrbio". Em sua rotina, Fernanda realiza várias tarefas, como promover eventos e organizar livros e documentos. "As pessoas me enxergam como uma profissional eficiente!"

O jornalista, radialista e escritor Paiva Netto ensina que "o ser humano é o Capital de Deus. Não pode ser desprezado nem sofrer descrédito". E essa valorização de quem tem a Síndrome deve partir especialmente dos familiares, desde quando se descobre o distúrbio. "Minha família me ajudou a chegar até aqui me ensinando a ter Fé em Deus e a seguir em frente", contou a jovem Simone Jardim, 26, que trabalha no suporte operacional de uma farmácia em Campinas, SP. Ela explica que seu ofício colabora para a vivência com o distúrbio. "Adoro trabalhar. Faz bem à minha mente. Além disso, fiz novas amizades".

Fernando Moreira Barbosa, 25, é auxiliar administrativo em um hospital de Porto Alegre, RS, e explica que as pessoas que também têm Síndrome de Down devem "levantar a cabeça, estudar, trabalhar e ser felizes". Segundo vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, ele registra a seguinte mensagem: "Todos devemos respeitar as pessoas com Síndrome de Down ou com outros tipos de deficiência. Hoje, estamos lutando pela inclusão de todos com deficiência. Precisamos de respeito, porque também somos gente. O preconceito impede o surgimento de uma sociedade melhor".

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, em mensagem especial destinada ao Dia Mundial da Síndrome de Down, lembrado todo ano, no dia 21 de março, pede um melhor acesso e mais igualdade aos serviços de saúde para as pessoas com Síndrome de Down. "O acesso adequado aos cuidados de saúde, programas de intervenção precoce e educação inclusiva, bem como a investigação adequada, são vitais para o crescimento e desenvolvimento dos indivíduos".

Nesse sentido, vale destacar a superação do judoca Breno Viola no meio esportivo. Assista à primeira parte da entrevista dele à Boa Vontade TV (canal 20 da SKY):

Assista à segunda parte da entrevista!

Estes são alguns exemplos de que, apesar das dificuldades, físicas ou não, todos temos a capacidade de alcançar êxito na vida. Além disso, devemos ter em mente que cada um pode contribuir, de variadas formas, para o bom desenvolvimento das ações humanas. Assim, a única coisa que precisa ser excluída do convívio social é o preconceito.

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