Novembro Azul alerta para o diagnóstico precoce do câncer de próstata

Agência Brasil

04/11/2013 às 16h16 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Para alertar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e o Instituto Lado a Lado pela Vida iluminarão pontos turísticos em várias cidades brasileiras e distribuirão panfletos explicativos durante o movimento Novembro Azul. Sob o tema Um Toque, um Drible, a campanha pretende conscientizar os homens sobre a necessidade de se submeter a exames preventivos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do de pele. Além disso, foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença — que atinge 75% dos idosos a partir dos 65 anos de idade — no País. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Segundo o uro-oncologista Eduardo Ribeiro, homens que têm casos de câncer de próstata na família, obesas, e negras têm mais risco de desenvolver a doença. Todavia, o dr. ressalta um ponto positivo: “Os homens estão mais conscientes, não tanto quanto as mulheres, que vão ao ginecologista desde adolescentes, mas não se vê mais tanta resistência”.

O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, combinado com o resultado de um exame no sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. De acordo com a SBU, quando descobertos no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. 

Na fase inicial, a enfermidade não costuma apresentar sintomas. Quando surgem resumem-se a: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes, apenas observação médica.