Doação de órgãos: a solidariedade pela vida do outro

Wellington Carvalho

11/12/2014 às 14h01 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

fotospublicas.com
No Brasil, a doação de órgãos aumentou 90% nos últimos seis anos.

De repente, começam a surgir dores no corpo. A procura pelo médico é inevitável e o paciente acaba descobrindo que um de seus órgãos perdeu as funções. O transplante é a única saída para continuar vivendo normalmente. Ainda bem que a doação de órgãos tem passado por um panorama nacional mais favorável do que há alguns anos.

O Brasil registrou crescimento nas doações e transplantes de órgãos em 2014, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO): foram 7.898 órgãos doados no ano passado, 3% a mais que em 2013. Em todo o mundo, conforme aponta a ABTO, o País é a segunda nação com mais doadores, atrás apenas dos Estados Unidos.

Tainá Sandes, diretora da ABTO.

Contudo, esses índices podem aumentar mais, já que o número de pessoas que precisam de um transplante tende a aumentar em consonância com os casos de doenças que levam a insuficiências orgânicas. Ao programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV, a nefrologista Tainá Sandes, diretora da ABTO, destacou algumas circunstâncias que ainda impedem que a fila de transplantes diminua, como o fato de a pessoa não informar a vontade de ser doadora. 

“A doação é importante e não só em vida. A oportunidade de melhoria é maior nas doações originadas de pessoas falecidas”, explicou. Isso porque a quantidade de órgãos que se pode redirecionar a outras pessoas é maior, atendendo a diferentes tipos de casos: transplante de coração, pulmão, ossos, pele, córnea.

A dúvida da família em saber se a pessoa gostaria de doar ou não é uma grande dificuldade. Por isso, quem deseja ser doador deve avisar seus familiares. “Só é possível doar se a família consentir. E, mais ou menos, 50% das famílias recusam o ato.”

GESTO DE AMOR

Arquivo pessoal

Ailson e sua mãe, dona Augusta Maria.

A doação de órgãos é um dos mais nobres gestos que o ser humano pode realizar em favor do próximo. Por isso, os problemas devem ser contrapostos pela solidariedade, como no caso do aposentado Ailson Alves Camargo, de Sorocaba, SP. Ao precisar de um rim novo em decorrência de um cisto, sua mãe, dona Augusta Maria Barbosa Camargo, era a única pessoa da família com órgão compatível mais próxima.

Dona Augusta  relembra como se sentiu diante da situação do filho: “Fiquei desesperada e me ofereci para ajudar. Queria fazer de tudo para salvá-lo", afirmou ao Portal Boa Vontade. O ato solidário fez com que Ailson sentisse mais amor pela mulher que lhe deu a vida por mais de uma vez. “Sou muito grato a ela e sei que se eu fiquei feliz, ela ficou ainda mais. Ela é ‘a peça que não pode faltar no meu relógio'", afirmou. 

É importante ponderar que todo o processo de doação de órgãos deve estar atrelado às atenções espirituais, para que ocorra perfeitamente. O chanceler da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Haroldo Rocha, salienta essas razões durante o programa Conexão Jesus. Assista!
 

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*O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. E o programa Conexão Jesus, vai ao ar às terças e sextas-feiras, às 22h; às quartas-feiras, às 19h05; aos sábados, às 13 horas; e aos domingos às 14h30. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos), ou acesse Boa Vontade TV.