Jornalista Carlos Heitor Cony retorna à Pátria Espiritual

Da redação

06/01/2018 às 09h22 - sábado | Atualizado em 06/01/2018 às 18h12

Lucian Fagundes
Jornalista Carlos Heitor Cony

Na noite desta sexta-feira, 5 de janeiro, aos 91 anos, o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony retornou à Pátria Espiritual. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro, onde passou recentemente por uma cirurgia no intestino. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Cony nasceu no Rio de Janeiro em 1926. Fez humanidades e curso de filosofia no Seminário de São José. Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances “A Verdade de Cada Dia” e "Tijolo de Segurança”. Cony trabalhava na imprensa desde 1952, tendo iniciado sua carreira no Jornal do Brasil e, mais tarde, no Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista e editor. É autor de 17 romances, entre eles "Quase memória" (1995), que vendeu mais 400 mil exemplares e rendeu o Prêmio Jabuti.

Nos últimos anos foi colunista da Folha de S.Paulo, comentarista da Rádio CBN. Como diretor da teledramaturgia da Rede Manchete, apresentou os projetos e as sinopses das novelas “A Marquesa de Santos”, “Dona Beija” e “Kananga do Japão”. Em 1998, o governo francês, no Salão do Livro, em Paris, condecorou-o com a L'Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em março de 2000. 

Priscilla Antunes

Em evento na Academia Brasileira de Letras, em 2015, o escritor Carlos Heitor Cony recebeu os cumprimentos de Alziro Paolotti de Paiva, representando o dirigente da LBV, José de Paiva Netto.

O jornalista foi uma das presenças ilustres na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, de Brasília, DF, que ocorreu em 2012 na Esplanada dos Ministérios. No espaço Café Literário, durante encontro especial entre ele e o poeta Thiago de Mello, Cony dirigiu algumas palavras ao público e à audiência da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV, Internet e Publicações).

Na ocasião, ele destacou o trabalho desenvolvido pela Legião da Boa Vontade (LBV): "Aprecio muito o trabalho, antigo, tradicional, e acredito que, se houvesse outros movimentos com a mesma honestidade, com os mesmos critérios, o Brasil seria muito melhor". O escritor ainda aproveitou o ensejo para enviar um exemplar de seu livro "A noite do massacre" ao dirigente da LBV, com a seguinte dedicatória: “Sr. Paiva Netto, com o abraço amigo e antigo de Carlos Heitor Cony – 2012”.

Ao Espírito Eterno do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, a LBV e seu diretor-presidente, José de Paiva Netto, dedicam as mais sinceras vibrações de Paz, extensivas aos seus familiares, amigos e admiradores de sua carreira.