ÁGUA E URBANIZAÇÃO: ONU aponta a necessidade de um melhor saneamento básico
Wellington Carvalho
19/03/2015 às 19h26 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Atualmente, 50% dos cidadãos planetários vivem em cidades, como aponta a Organização das Nações Unidas (ONU). E esses centros urbanos do mundo crescem em um ritmo acelerado. A projeção das Nações Unidas é que mais de 2,5 bilhões de pessoas vão se deslocar para regiões urbanas até 2050.
O relatório World Urbanization Prospects, de 2014, observa que o maior crescimento urbano acontecerá na Índia, China e Nigéria. O que preocupa as autoridades é o fato de que muitas cidades já não apresentam condições ideais de saneamento básico e isso se agravará com o tempo, caso o problema não receba maior atenção.
Acontece que sistemas antiquados acabam perdendo mais água doce do que oferecem. Em muitos centros urbanos de crescimento rápido, com população inferior a 500 mil, não existem infraestruturas de águas residuais, e quando existem são inadequadas ou desatualizadas.
A questão não se restringe ao campo da urbanização ou sustentabilidade, pois a saúde das pessoas também é prejudicada. Na Índia, por exemplo, pelo menos 620 milhões de pessoas, por falta de condições básicas, se veem obrigadas a defecar ao ar livre, poluindo e contaminando a água e o solo. No rio Ganges, onde milhões de pessoas se banham, fluem quase 75 milhões de litros diários de dejetos humanos.
Ao Portal Boa Vontade, o diretor de gestão da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Lopes Varella Neto, 57, também governador do Conselho Mundial da Água (WWC, na sigla em inglês) e hidrogeólogo, ressalta que "a urbanização e a poluição, que a acompanha, fazem com que se adquira água cada vez mais longe e cada vez mais cara. Somos sete bilhões hoje e seremos 9 bilhões em 2050. A situação tende a ficar mais complicada: precisaremos de 50% a mais do recurso até lá".
Por isso, desde já, nossa recomendação é que você economize esse precioso líquido. Veja aqui dicas para poupar água.
