Essa peregrina voltou ao TBV para um reencontro com a história

Aos 81 anos, dona Maria Jolina de Almeida viu os primeiros passos do monumento. E o acompanha até os dias de hoje.

Nathan Rodrigues

20/10/2016 às 18h28 - quinta-feira | Atualizado em 21/10/2016 às 16h50

A senhora Maria Jolina de Almeida, de 81 anos, viajou em direção ao Templo da Boa Vontade com a mesma emoção que sentiu da primeira vez que fez isso, na inauguração do monumento, em 21 de outubro de 1989. Não à toa, ao olhar para a Pirâmide de Sete Faces, o rosto da peregrina ganhou um brilho nostálgico e os pensamentos foram longe. O tempo passou, mas a sua memória segue intacta.

Vivian R. Ferreira
A senhora Maria Jolina de Almeida acompanhou de perto a construção do TBV, e viajou mais uma vez à Brasília para agradecer a Deus pelas vitórias alcançadas no último ano.

Não é preciso muito esforço para suscitar em dona Maria Jolina as boas lembranças daquele e de outros dias. Ao falar do Templo da Paz, é como se voltasse no tempo e, de maneira límpida, revelasse a todos os sentimentos que lhe invadiram naquele 25 de maio de 1985. "Eu estava lá em Belo Horizonte quando o Irmão Paiva convocou a turma para construir o TBV", comenta.

Gilberto Bertolin
Vista parcial do 10º Congresso da Mulher Legionária, realizado na capital mineira, em 1985. Milhares de pessoas superlotaram as dependências do Esporte Clube Ginástico. No destaque, Paiva Netto comanda a entusiasmada plateia.

Durante o 10º Congresso da Mulher Legionária, o presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto, lançou à multidão o desafio de construir, na capital federal, o monumento ecumênico. Reafirmando o seu compromisso legionário, a senhora juntou-se à multidão para bradar: "Topamos!".

E falou sério. Fez o que pôde para ajudar e não perdeu nenhuma etapa de sua construção. Esteve, no ano seguinte, em Brasília, DF, num 27 de maio de sol forte, céu bem azul e tempo seco para acompanhar o lançamento da Pedra Fundamental e o histórico discurso do dirigente legionário, feito da marquise do primeiro prédio do Conjunto do Templo da Boa Vontade.

Gilberto Bertolin
O povo, formando uma grande Corrente Ecumênica de Preces, acompanha atentamente o discurso de lançamento da Pedra Fundamental do TBV, feito por Paiva Netto, que se encontra no centro do terreno, cercado por autoridades e populares.

"Eu vi tudo de pertinho e fico muito feliz em falar disso, porque ajudei a colocar uns tijolinhos aqui", conta, com um largo sorriso.

REMÉDIO PARA A ALMA

Esse espírito de sacerdócio não cessa nem mesmo quando dona Maria não pode viajar à capital federal. Quando as circustâncias não permitiram que peregrinasse, ela garante ter recebido a ambiência elevada do Templo da Boa Vontade pelas ondas do rádio ou da televisão. Uma vibração que a ajuda a vencer os obstáculos do dia a dia e renovar o seu espírito para os próximos que, certamente, virão.

"Essa energia sempre veio até mim porque eu nunca perdi um evento. Se eu não podia vir, assistia pela televisão. Estou sempre sintonizada", reitera.

Neste ano, não mediu esforços para peregrinar pessoalmente ao monumento que ajudou e viu ser construído. Para ela, vale todo o esforço para vir à Brasília e agradecer por todas as vitórias alcançadas. "Eu vim de Barão de Antonina [município a 380 km de São Paulo], dessa vez de avião. Nem fiquei com medo! Vim para agradecer a Deus por todas as graças na minha vida, por Ele ter me dado saúde para estar aqui de novo. Estou muito feliz mesmo!"