Jornalista Ibrahim Sued

Nathan Rodrigues

27/06/2016 às 10h07 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Ao longo de 66 anos de existência, a Legião da Boa Vontade (LBV) recebeu diversas homenagens pelo seu trabalho realizado em prol do povo brasileiro. E a seção Linha do Tempo, do Portal Boa Vontade, resgata esses memoráveis depoimentos.

Para dar sequência à série, trazemos as palavras do saudoso jornalista, apresentador de televisão, colunista e crítico literário Ibrahim Sued (1924-1995), que completaria, em 23 de junho, mais um ano de vida.

Arquivo BV
O saudoso jornalista Ibrahim Sued (1924-1995).

Ao longo de sua vitoriosa carreira, o colunista social entrevistou importantes personalidades, entre elas o presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy (1917-1963); o marechal e presidente do Brasil Arthur da Costa e Silva (1902-1969); o escritor Jorge Amado (1912-2001); o papa Paulo Vl (1897-1978); a socialite Thereza de Souza Campos, viúva do príncipe Dom João de Orleans e Bragança (1916-2005); e o dirigente da LBV, José de Paiva Netto.

Sued foi um dos primeiros jornalistas a apoiar a construção do Centro Educacional José de Paiva Netto, Escola da LBV localizada no Rio de Janeiro, RJ, o qual chamou, antecipadamente, de “a maior creche do Brasil”.

Última entrevista de Ibrahim Sued

Para festejar o primeiro ano de atividades doParlaMundi da LBV, foi realizado, no plenário deste Fórum, um recital pelo consagrado pianista Arthur Moreira Lima. Durante o evento, ocorreu o lançamento da revista Ibrahim Sued de olho no mundo, que publicou, na íntegra, a última entrevista feita pelo saudoso Ibrahim, que tem como título: “A Pedagogia revolucionária de Paiva Netto”.

O ano era 1995, e o diretor-presidente da LBV, anfitrião do evento, concedeu diversas entrevistas à imprensa e fez um balanço da atuação deste Fórum Ecumênico: “O ParlaMundi está impressionando por sua beleza, por sua vibração excepcional. Mas eu quero deixar bem clara a sua verdadeira ação em profundidade. Os que me acompanharam durante toda a construção do ParlaMundi sabem que a sua grande função é: unir a Humanidade de baixo à Humanidade de Cima.

“Para a compreensão perfeita da ideia que estou expressando, convido os amigos telespectadores e ouvintes de rádio a lerem sobre ‘A abrangência do TBV’ (está no segundo volume das Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo e mais extensamente no terceiro volume de O Brasil e o Apocalipse).

“É preciso humanizar a Humanidade. Não se humaniza a Humanidade se não a espiritualizar primeiro.

“Por isso, repito o que disse ao meu saudoso amigo Ibrahim Sued (sinto até a vibração do Espírito dele, satisfeito com a homenagem que recebeu aqui no ParlaMundi): É preciso Educação e Cultura, mas com Espiritualidade Ecumênica.

“É justo lembrar nesta data que o ParlaMundi da LBV foi levantado principalmente pelas mulheres (...). Sem o apoio delas nada se realiza. (...)”.

Simone Rodrigues, companheira do inesquecível Ibrahim Sued (saudado no aniversário do Parlamento da LBV), lembrou, emocionada, o carinho e a consideração que o colunista nutria pela Obra. “A LBV está de parabéns. Fiquei muito feliz por tudo, pela homenagem ao Ibrahim e por esse trabalho de vocês. Quanto mais ele puder ser expandido para o Brasil e para o mundo, melhor. (...) Ibrahim não era de elogiar coisa alguma que não merecesse realmente e sempre me falava bem sobre a LBV. Aliás, ele acompanhava o programa da Instituição pela TV Bandeirantes e dizia: ‘Simone, essa Obra merece respeito; é um trabalho bonito’. Eu achava muito interessante toda aquela atenção dele em querer saber, em querer participar da LBV. (...) Se eu morasse em Brasília, não sairia deste Templo. Viria todas as tardes à Pirâmide da LBV. Aqui, a gente relaxa, sente-se muito bem espiritualmente, sai em paz, de uma forma espontânea. (...) Tenho certeza de que o Ecumenismo da LBV é uma proposta para o Brasil. (...) É um orgulho, para nós, existir um trabalho tão bonito em nosso país, que é tão rico em termos de calor humano. A LBV faz um trabalho lindíssimo e que vai ficar. Com certeza, tem de ser divulgado (...).”