Olimpíada, Brasileirão, Copa do Brasil...

José Carlos Araújo

26/07/2016 às 15h17 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

No final da primeira metade do Brasileirão, o campeonato pega fogo. Há equilíbrio entre várias equipes de tradição. Emocionante, embora muitos digam que seja nivelado por baixo. Palmeiras, Corínthians, Santos, Grêmio, São Paulo, Atlético-PR, Atlético-MG e Flamengo duelam pelo título. Porém, nenhuma equipe enche os olhos. As poucas revelações até agora, como Gabriel Jesus e Gabigol, já estão praticamente negociados.

Arquivo Pessoal

José Carlos Araújo é locutor esportivo da Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro/RJ e apresentador do SBT Esporte Rio, da TV SBT-Rio e colunista na revista Boa Vontade.

Enquanto isso, devido à má-gestão, os clubes apostam em veteranos com salários estratosféricos ou em jogadores de qualidade duvidosa do futebol sul-americano. Falta coragem para a renovação, para dar oportunidade aos novos talentos, como faz o Peixe há anos.

Vejamos o caso do Flamengo. Com a disparidade dos valores das cotas televisivas, investiu pesado em Diego, que tem qualidade técnica, mas há muito não faz uma boa temporada e também no centroavante Leandro Damião, que surgiu e sumiu como um foguete. Apostas arriscadas e caras para um clube que sabidamente trabalha bem a base.

Na parte de baixo da tabela, Cruzeiro e Botafogo flertam com o temido Z4. Surpreende a presença do time mineiro ali, pois investe muito e tem uma boa estrutura.

Pela Libertadores, teremos uma final inédita entre o bonito futebol apresentado pelo Atlético Nacional da Colômbia e o surpreendente e eficiente Independiente Del Vale, do Equador, equipe que sequer possui um título nacional, mas pode conquistar o continente. Os propalados e caros times brasileiros refletiram o péssimo momento do nosso futebol e ficaram pelo caminho.

Já a Copa do Brasil começa a ficar mais interessante com a entrada das equipes eliminadas na Libertadores. Promessa de clássicos em mata-mata, fórmula adorada pelo grande público. Muita emoção e, se tiver algum favoritismo, é bem pequeno. 

Parece um sonho. O Rio é sede da primeira edição dos Jogos Olímpicos no continente. Há falhas, mas nada ofusca as emoções e o espírito olímpico. Como na Copa de 2014, há uma torre de babel na Cidade Maravilhosa. Atletas, turistas, jornalistas, gente de todas as culturas e todo o mundo celebrando o esporte, a paz, no meio de uma paisagem encantadora, com praias, montanhas, floresta e abraçados pelo Cristo Redentor. 

Em tempos de intolerância e medo, só o esporte pode proporcionar essa união entre povos.