Programa avaliará saúde dos ciclistas de São Paulo

Da redação

01/09/2014 às 15h27 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor) lançou nesta segunda-feira, 1º, o Programa Pedal. A ação busca conhecer o perfil dos ciclistas da capital paulista, englobando pessoas de todas as idades que usem a bicicleta como meio de transporte, lazer ou prática de atividade física.

Os resultados obtidos pelo programa serão usados para dar diretrizes à administração municipal, que vai elaborar políticas públicas nas áreas de saúde e mobilidade urbana, promovendo assim não só o ciclismo como também a segurança dos praticantes.

Para participar do projeto, o ciclista deve acessar o site do InCor, que disponibilizará um link para o questionário do programa. “Queremos conhecer o perfil do ciclista: quem são, se têm acidentes, se têm alguma doença como asma, insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão, porque eventualmente fazer exercícios em locais com poluição pode ter um efeito na saúde”, explica o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, coordenador do programa.

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O especialista ainda explicou que um conselho será formado para avaliar, a cada dois meses, quem são as pessoas que estão participando, como aprimorar esse cadastro e projetos de pesquisa com base nesses dados.

Mesmo com a poluição da cidade e seus efeitos negativos, estudos ratificam que pedalar é uma maneira saudável de se exercitar. “Claro que [o ideal] é fazer exercícios em um local sem poluição, porque a pessoa, ao fazer exercício, ventila mais em busca de oxigênio e com ele [o oxigênio] vêm também os poluentes. Para as pessoas que têm alguma doença precisamos avaliar melhor os efeitos, mas para aquelas que não têm nada é muito bom”, pondera Ubiratan.

O médico disse que os resultados serão encaminhados às autoridades, para que se discutam medidas para minimizar possíveis impactos negativos. As medidas incluem implantação de ciclovias em locais alternativos às vias de grande tráfego, redução do uso de veículos a diesel e melhora no sistema de filtragem de resíduo em motocicletas.

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Com informações da Agência Brasil