Mais de 20% da população global têm doença vascular periférica; já ouviu falar?

Wellington Carvalho

15/07/2014 às 18h07 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

Shutterstock

Já ouviu falar em doença vascular periférica? Sendo crônica e acometendo principalmente as pernas e os pés, ela é a obstrução e o endurecimento das artérias, fazendo que ocorra a redução no fluxo sanguíneo, o que pode lesar nervos e tecidos do corpo.

Infelizmente, o número de pessoas no mundo com a doença aumentou em 23,5% nos últimos dez anos, como constatou a primeira estimativa global sobre o assunto, publicada na revista médica The Lancet: 164 milhões de indivíduos sofriam com ela em 2000. Esse número saltou para 202 milhões em 2010.

Os homens são as principais vítimas da doença vascular periférica. Além disso, quanto mais jovem, maior a propensão a desenvolvê-la. Quando idoso, é acima dos 60 anos que ocorre a predisposição e são muitos os fatores que podem contribuir para que ela surja ou se agrave, como o diabetes, a pressão alta, os distúrbios de colesterol, a obesidade e o hábito de fumar. Quem já teve outro problema vascular pode ser ainda mais prejudicado.

"Normalmente, os sintomas são de dor na perna ao caminhar, assim como na panturrilha, ou na 'batata da perna’ — embora também possa acontecer nas coxas e nas nádegas, de acordo com a localização da obstrução. Câimbras e sensação de peso nas pernas são outros indícios", explicou a cirurgiã vascular Ana Carolina Costa ao programa Viver é Melhor!*, da Super Rede Boa Vontade de Rádio — 1230 AM.

A doutora ressaltou que é importante não ignorar os sintomas, pois muitos acabam desconsiderando as dores nas pernas como se fosse algo comum. Assim, sem procurar ajuda médica, acabam agravando a situação, podendo sofrer com "feridas ou úlceras nos pés ou pernas que não cicatrizam".

E NO CASO DE SUSPEITA DA DOENÇA?

Deve-se recorrer a um cirurgião vascular para que sejam feitos todos os exames, a exemplo de ecografias, identificando a situação das artérias. Em casos mais simples, a mudança de hábitos, como abandonar o fumo, são fatores eficazes. Já em circunstâncias mais graves, pode haver a necessidade de processos cirúrgicos.

Contudo, a cirurgiã vascular Ana Carolina Costa destaca que a prevenção é a melhor alternativa para não desenvolver uma doença vascular periférica: "O mais importante é a mudança de hábitos; ter uma vida saudável, mantendo uma boa alimentação, caminhando 4 vezes por semana durante 30 minutos, cuidando do diabetes e da pressão. Abandonar o cigarro é o primeiro passo para evitá-la".

____________________________________
* O programa Viver é Melhor! vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14 horas, pela Super Rede Boa Vontade de Rádio — 1230 AMVocê também pode acompanhar a programação pela internet!. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).