Descobri que tenho Aids. E agora?

Conheça todos os passos para que a pessoa com HIV preserve a qualidade de vida

Wellington Carvalho

30/11/2013 às 14h34 - sábado | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

A aids é causada pelo vírus do HIV, que ataca as células de defesa do corpo, tornando-o praticamente vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado a infecções mais graves. A transmissão do vírus pode ocorrer durante relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação. Os sintomas podem se assemelhar a gripe e mal-estar, evoluindo para febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

O Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) aponta que metade da população mundial que vive com aids sem saber que está infectada. Em todo o mundo, são 35,3 milhões de portadores. Por isso, o teste de HIV é primordial para identificar a infecção. O exame de sangue, denominado Elisa, é realizado em qualquer Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou nas diversas Unidades de Saúde da rede pública e registra se a pessoa está infectada ou não 20 dias logo após o contato de risco.

Após receber o diagnóstico positivo para a doença e receber todas as orientações, "o portador recebe o encaminhamento para o tratamento e acompanhamento. (...) Hoje em dia, iniciamos o tratamento cada vez mais precocemente", explicou ao Portal Boa Vontade a médica infectologista Sandra Wagner,  pesquisadora do laboratório de pesquisa clínica em HIV/Aids, do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), da FioCruz.

Durante o tratamento, os medicamentos antirretrovirais — coquetéis antiaids — aumentam a sobrevida dos portadores. Além disso, seguindo todas as recomendações e tomando os medicamentos prescritos, bem como praticando exercícios e mantendo uma alimentação equilibrada, o portador pode viver bem, promovendo a própria longevidade. Tanto é que, por conta da evolução no tratamento e ao maior acesso às informações sobre a doença, o número de mortes em decorrência da aids diminuiu 29% desde 2005, de acordo com a Unaids.