Que seja um ano novo de verdade

José Carlos Araújo

28/12/2016 às 11h55 - quarta-feira | Atualizado em 28/12/2016 às 12h25

Arquivo Pessoal

José Carlos Araújo é locutor esportivo da Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro/RJ e apresentador do SBT Esporte Rio, da TV SBT-Rio e colunista na revista Boa Vontade.

De repente, estamos nós outra vez comemorando um novo ano. E lá vêm os mesmos pensamentos de todo janeiro: que o ano seja melhor do que o último, que realize nossos sonhos, que deixe saudade quando chegar a vez dele terminar.

Mas, não vamos jogar toda a responsabilidade na conta do tempo. Afinal, se os aplausos pelos acertos são nossos, a culpa pelos erros também é nossa.

Exemplo disso é a seleção brasileira. Depois do fracasso na Copa do Mundo no Brasil, entregamos o comando novamente a Dunga, que já tinha tido sua chance e também não foi bem. Só mais tarde, já no meio das eliminatórias para 2018, quando percebemos que havia o risco de, pela primeira vez, ficarmos fora de uma Copa do Mundo, fez-se a troca: saiu Dunga, entrou Tite.

Era o novo tomando o lugar da mesmice. O que era esperado aconteceu: com Tite, ressurgiu a magia do futebol brasileiro. Não que ele tenha descoberto supercraques. Nada disso. Apenas fez mudanças táticas, injetou confiança nos mesmos jogadores e os resultados logo apareceram.

Diante disso, o ano começa com o Brasil praticamente classificado para o Mundial da Rússia. Só mesmo uma catástrofe pode impedir mais uma participação brasileira em Copa do Mundo.

Por falar em Tite, vale ressaltar a avalanche de renovação no comando técnico dos clubes, neste início de ano. Jair Ventura, filho do grande Jairzinho, o Furacão da Copa, fez um ótimo trabalho no Botafogo, que saiu da zona de rebaixamento para se classificar para a Taça Libertadores da América. Com propostas de outros clubes, como o Corinthians, acabou renovando com o Botafogo.

Além dele, o São Paulo aposta em Rogério Ceni e o próprio Corinthians, entre outros, promoveu um auxiliar técnico. O Palmeiras acertou com Eduardo Batista. O Atlético Goianiense manteve Marcelo Cabo, que mostrou competência na Série B.

Assim, o futebol brasileiro entra numa nova fase. Chegam pessoas com novas ideias e, se os dirigentes e torcedores tiverem paciência, certamente os resultados serão positivos.

Agora, só é preciso dar tempo a esses jovens treinadores para que mostrem do que são capazes. Só não se pode exigir resultados espetaculares com equipes nem tão maravilhosas assim. Como disse o saudoso técnico Oto Glória, não se faz omelete sem ovos.

       Feliz 2017 para todos!