Brasil é o terceiro país com mais mortes por afogamento, diz OMS

Com quase 6,5 mil mortes por ano, país aparece atrás do Japão e da Rússia; agência da ONU alerta que a maioria são registradas em países de baixa e média rendas.

Da redação

18/11/2014 às 16h09 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Tânia Rêgo/ABr
De acordo com a ONG Criança Segura, o afogamento é a segunda maior causa de morte entre crianças e adolescentes de até 14 anos no Brasil.

O afogamento é uma das principais causas de morte no mundo, com cerca de 372 mil óbitos por ano, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o primeiro Relatório Global sobre Afogamento: Evitando uma das Maiores Causas de Morte, o problema está entre as 10 principais causas de morte de crianças e adolescentes em todas as regiões. A entidade fez um apelo para a tomada de medidas de prevenção, principalmente em relação aos jovens. Mais da metade das mortes é de menores de 25 anos e a maior taxa de morte por afogamento entre as crianças é de menores de cinco anos.

O Brasil aparece como terceiro país com o maior número de mortes por afogamento, ficando atrás do Japão e da Rússia.  A OMS informou que ocorreram 6487 afogamentos em 2011 no Brasil. Na Rússia, foram quase 12 mil afogamentos; e no Japão, quase 9 mil. Atrás do Brasil estão os Estados Unidos e a Tailândia. Já Portugal registrou 140 mortes por afogamento.

As taxas mais altas são registradas nos países de rendimento médio e baixo, na África, no Sudeste da Ásia e nas regiões do Pacífico Ocidental. Nestas duas últimas zonas, registra-se mais da metade dos afogamentos fatais. Na África, as taxas de morte por afogamento são mais de dez vezes superiores a de países europeus, como o Reino Unido e a Alemanha. 

A OMS sugere que as autoridades locais instalem barreiras para controlar o acesso à água e que ensinem noções de natação às crianças, além de primeiros socorros aos adultos. A organização pede, ainda, aos governos regras mais rigorosas para o transporte de passageiros em embarcações.

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Com informações da Rádio ONU e Agência Brasil