Cuidado com os animais em longas viagens

Lisias Macedo

07/01/2016 às 14h59 - quinta-feira | Atualizado em 31/12/2017 às 15h30

As férias estão aí e muita gente já está na estrada. Mas, e o animal de estimação? Fica em casa ou acompanha os donos? Tanto quem vai levar o bichinho quanto quem pensa em deixá-lo na residência deve ficar atento a alguns cuidados com relação à sua segurança.

Lucas Azevedo/Uol

Em viagens áreas, por exemplo, o dono deve procurar as companhias que permitem o transporte do animal na cabine de passageiros. A área de bagagem pode não possuir ar-condicionado e tornar a viagem arriscada para o animal.

Se a família vai viajar e pretende levar o animal, a principal orientação dos especialistas é em relação às vacinas, que devem estar em dia. "Em viagens interestaduais — por ônibus ou avião —, o animal deve portar um atestado de saúde emitido por um veterinário na véspera da viagem. Além disso, a Vigilância Sanitária deve ser contatada para emitir a documentação necessária para o embarque do animal", explicou o veterinário Ricardo Siqueira, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ao Portal Boa Vontade. Ainda segundo ele, os donos devem procurar o médico com antecedência para programar a emissão do atestado.

Antes de seguir viagem de automóvel, deve-se ter a certeza de que o pet tem o costume de andar de carro ou se ele enjoa, vomita ou fica inquieto. Para isso, a dica é: "Faça curtos trajetos para ver a reação dele".

Aneliese de Oliveira

O veterinário ainda reforça que os cães devem ser transportados em coleira peitoral e fixos ao cinto de segurança para animais. "Faça paradas e estimule o cão a um passeio para fazer as necessidades e explorar o local por alguns minutos; isso evitará o estresse no retorno à viagem", enfatizou.

No caso dos gatos, o recomendado é fazer isso apenas com os que não são avessos a ambientes e pessoas estranhas; caso contrário, mantenha dentro do veículo. "Se for possível levar a vasilha sanitária e a areia do felino, tente estimulá-lo a fazer suas necessidades na parada, mesmo sabendo que os gatos são muito reservados com suas necessidades higiênicas", comentou dr. Ricardo.

Em alguns casos, existe a necessidade de administrar sedativos ou tranquilizantes antes das viagens. Mas lembre-se de que esse processo deve ter o aval de um médico veterinário. Com a autorização, é preciso fazer uso desses medicamentos antes de a viagem ocorrer, para saber a reação que o animal terá. "Muitos desses remédios possuem o que chamamos de dose-efeito, ou seja, a dose administrada para um animal pode não surtir o mesmo efeito em outro. Deve-se procurar o veterinário para orientação sobre a dose necessária, evitando efeito indesejado", ressaltou o especialista.

Para os animais que não vão acompanhar seus donos nas viagens, os cuidados com alimentação e higiene devem ser prioritários. "Se houver dificuldade para deixá-los em casa sozinhos, existem hotéis, hospedagens e locais que, além de hospedar, realizam várias atividades com os animais durante a estadia. Os pets ficam em convívio com outros e participam de um processo de socialização muito proveitoso", explicou.